O verão está a pleno vapor e com ela há uma situação desagradável para alguns banhistas. Trata-se da existência de águas-vivas, que obriga a alguns cuidados, já que o contato com o animal gera queimaduras. Somente em Balneário Rincão, são mais de seis mil casos registrados pelos guarda-vidas do Corpo de Bombeiros de Içara nesta temporada.
“O número realmente é bastante alto e refere-se somente àqueles casos em que as pessoas procuram os guarda-vidas para atendimento. Acreditamos que seja muito mais que isso, porque há aquelas pessoas que, já cientes da possibilidade de contato com as águas vivas, acabam trazendo os meios de reduzir os efeitos”, comenta o comandante do Corpo de Bombeiros de Içara, tenente Samuel Ambrosio.
Os números registrados na atual temporada são calculados desde o dia 1º de novembro, data de início da maior movimentação nas praias. “Se considerarmos toda a região atendida pelo 4º Batalhão do Corpo de Bombeiros (litoral da Região Carbonífera e do Extremo Sul), nesses 70 dias de controle já são mais de 17 mil casos”, destaca o oficial.
Procedimento
Ao ter contato com a água-viva, o procedimento padrão é passar vinagre na pele, no local atingido, pois seus componentes retiram os efeitos da toxina no corpo. “É até curioso, porque a única recomendação mesmo é algo que todas as pessoas têm em casa, que é o vinagre. Mas, como não é comum levar esse produto para a praia, quem acabar queimado pode procurar o posto guarda-vidas mais próximo que será atendido”, garante Ambrosio.
“A queimadura provocada por água-viva dá uma ardência no começo, mas logo em seguida já passa. O vinagre é utilizado para retirar o efeito da toxina. Mas fora isso, somente resta esperar passar essa ardência. Entretanto, há uma outra recomendação. Que as pessoas não passem areia no local e muito menos que esfreguem, pois pode acabar aumentando a área de ação”, indica o oficial.
“Quando se é atingido por uma água-viva, em especial as crianças, mesmo fazendo todo o procedimento, deve-se ficar cuidando por algumas horas, pois há a possibilidade de surgimento de febre. Caso isso aconteça, e ocorre em algumas ocasiões, então deve-se procurar o atendimento médico”, finaliza Ambrosio.
Especial Jornal Gazeta