De janeiro a novembro de 2023, a indústria de transformação catarinense gerou 16.183 novos empregos e registrou o terceiro maior número de contratações no período, atrás somente de São Paulo e Minas Gerais. Segundo análise do Observatório FIESC, esse resultado está associado à manutenção do nível elevado no consumo das famílias, que estimulou setores catarinenses ligados ao segmento.
Entre os destaques da indústria, a construção liderou a geração de empregos no estado, com 11.245 novas vagas. No acumulado do ano, o setor foi impulsionado pelos serviços de acabamentos de obras, principalmente nas atividades de instalações hidráulicas e sanitárias, como também nas obras de infraestrutura, como a construção de redes de abastecimento de água e esgoto e na montagem de estruturas metálicas.
“Ao longo de 2023, a indústria manteve seu papel fundamental para o mercado de trabalho catarinense. Com 33,7% do total de empregos formais até novembro, as indústrias extrativista e de transformação de SC mantêm a maior participação do setor no Brasil”, ressalta o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Mario Cezar de Aguiar.
O encadeamento da construção com outros setores da indústria estimulou também segmentos como o de produtos de metal, especialmente a fabricação de estruturas metálicas, e o de produtos plásticos, na produção de tubos e acessórios para construção.
A indústria alimentícia ocupou a segunda posição, com 5.673 novos empregos. A fabricação de laticínios, por exemplo, teve saldo positivo 443 vagas no acumulado do ano, valor quatro vezes maior que no mesmo período em 2022. Nesse mesmo contexto, destaca-se também a atividade de fabricação de bebidas não alcoólicas, com 230 novos postos de trabalho.
Já a indústria de produtos químicos e plásticos saiu da nona colocação para a terceira na geração de empregos até novembro de 2023, também estimulada pelo consumo das famílias. O setor aumentou em 7,0% seu número de trabalhadores em relação a dezembro de 2022.
“No setor de produtos plásticos, destacam-se as contratações na produção de embalagens e artefatos de usos diversos. Na indústria química, houve aumento de 22,7% no total de trabalhadores na atividade de fabricação de cosméticos, produtos de perfumaria e higiene pessoal”, afirma Marcelo de Albuquerque, economista do Observatório FIESC.
Fonte: Rede catarinense de notícias
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil