quinta-feira, 20 março, 2025
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Faccionistas levarão dificuldades aos prefeitos

Fazer um levantamento de dados. Esse é o próximo passo do Núcleo de Faccionistas da Associação Comercial de Içara (Acii), que busca ações para sanar os problemas que a categoria vem enfrentando na cidade e região. Uma reunião realizada na última segunda-feira, contou com a presença de representantes de alguns municípios, que juntos irão buscar reivindicações e auxílio do poder público. De acordo com a consultora de núcleos e secretária executiva da Acii, Mirian da Rosa, um próximo encontro já foi, inclusive, agendado.

“No dia 11 de agosto vamos ter outra reunião para saber o que já foi apurado até agora. A intenção é buscar alternativas para o fortalecimento da classe. Como primeira ação, vamos levantar o número de empresas neste ramo que existe na região, qual o valor arrecadado por elas, quantos empregos geram e quais os benefícios trazem para cada município”, explica.

Depois, a intenção é se reunir com os prefeitos para solicitar apoio e analisar quais ações podem ser adotadas para amenizar os problemas. “Existe uma série de fatores que está acarretando na dificuldade dessas empresas se manterem. E depois que todos os dados forem levantados, vamos iniciar o processo de reuniões com os prefeitos. Porque para que a situação não se agrave, precisa haver a união de todos”, pontua Mirian.

Estão envolvidos os municípios de Içara, Morro da Fumaça, Jaguaruna, Sangão e Criciúma. “A intenção é integrar também o Balneário Rincão, mesmo que eles ainda não tenham um núcleo formado”, acrescenta.

Segundo o presidente do Núcleo de Faccionistas de Içara, Dalcionir Pizzetti, antes de tudo, precisa-se realizar um planejamento. “As coisas estão se arrastando há muito tempo e precisamos mudar isso. Então temos que definir as metas e nos preparar para saber o que pode ser feito. Um planejamento é fundamental para darmos os passos corretos”, assinala.

Problema 
Em Içara, existem cerca de 56 empresas de facção têxtil. E, nos últimos meses, 25 empresas fecharam as portas na região da Amrec (Associação dos Municípios da Região Carbonífera). “Destas, três são de Içara. E é importante falarmos sobre isso porque não é uma questão restrita ao nosso município, é um problema regional. E se nenhuma medida for adotada, eu vejo um futuro bastante preocupante para o setor. Me arrisco a dizer que teremos uma diminuição de 50%”, relata o presidente do núcleo. 


Ainda segundo Pizzetti, dez anos se passaram e as facções não receberam a devida valorização. “Para se ter ideia, nós recebíamos R$6, R$6,50 por peça. Hoje, continuamos com o mesmo valor. Ou seja, uma década depois e nós estamos ganhando o mesmo, não tem cabimento. Os insumos estão cada vez mais altos, assim como todas as outras questões que todos sabem que é mão de obra, etc”, pontua. 

Outro problema apontado são as grandes magazines que vendem produtos muito abaixo, geralmente trazidos de fora. “Eles compram da China e as facções não conseguem acompanhar, são muito baratos. Isso também tem prejudicado bastante”, pontua. 

Na visão dos faccionistas, conseguem se manter no ramo aqueles que possuem anos de estrada e um leque grande de clientes. “Os novos que estão abrindo quebram”, alerta o dono da JD Facções. E para reverter a situação, o presidente do núcleo de faccionista destaca que precisam ser adotadas medidas urgentes.

“O Paraná, por exemplo, recebe incentivo do poder público. E falo isso em âmbito estadual, que é o que precisamos aqui também. A Administração Municipal pode ajudar com incentivo fiscal, mas talvez não tenha tanta relevância. Precisamos que o Governo do Estado se mobilize e entenda que estamos com grandes problemas”, relata. 







Especial Jornal Gazeta

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