O ex-prefeito Dário Berger (PMDB), de Florianópolis, anunciou ontem, dia 26, que vai manter sua inscrição para disputar a vaga de senador na convenção do PMDB, que será realizada no domingo. Acompanhado pelo deputado federal Mauro Mariani (PMDB), o peemedebista ressaltou que a pré-convenção do partido que endossou o apoio à reeleição do governador Raimundo Colombo (PSD) não previa que a vaga para o Senado fosse destinada ao PP.
“Muito pelo contrário. O clima, o tom dos discursos de nossas principais lideranças, era de que o PP não fazia parte da aliança”, afirma o ex-prefeito.
Diante das especulações de que a executiva estadual do PMDB não colocaria a vaga de senador na cédula de votação na convenção, facilitando o acerto da aliança com PSD e PP, Marini afirmou que requisitou ao presidente nacional do partido, senador Valdir Raupp (RO), a presença de um advogado da direção nacional na reunião da executiva que vai definir a cédula, prevista para amanhã. Também garantiu que o PMDB nacional vai enviar observadores para a convenção catarinense.
“Com todo respeito ao conhecimento do presidente Eduardo Pinho Moreira, isso é impossível. Não é só a vaga de senador que vai entrar em disputa. A dele de vice-governador também, a do Colombo também. E qualquer filiado tem o direito de se inscrever para concorrer”, disse Mariani.
Dário relatou o almoço que teve com o senador Luiz Henrique da Silveira(PMDB). Disse que o líder peemedebista fez um apelo para que ele não colocasse o nome na disputa ao Senado por temor de que inviabilize a coligação com Colombo.
Inicialmente resistente à composição com o PP, Luiz Henrique tem demonstrado que aceita a aliança desde que o candidato não seja o deputado estadual Joares Ponticelli (PP). Dário diz que o senador está “humilhado” pela articulação feita pelo Centro Administrativo.
“É difícil dizer não a um apelo do Luiz Henrique, mas eu represento um setor do partido que cobra a minha candidatura. Aliás, é uma injustiça o que estão fazendo com o Luiz Henrique. Esse pessoal que está aí, Colombo, Pinho Moreira, é resultado praticamente exclusivo de articulações dele. Eu perderia uma eleição, mas não perderia um amigo desses”, coloca Berger.
Colaboração: Upiara Boschi/Agência RBS