Chegou o momento de lembrar-se das famílias por meio de eventos dentro da Igreja Católica dedicados exclusivamente a elas. É por isso, que desde o último domingo, dia 10, acontece em todo o Brasil a Semana Nacional da Família e na Paróquia São Donato não está sendo diferente. Uma programação repleta de celebrações e de palestras está planejada até o próximo domingo, quando o evento deve finalizar. A semana é uma iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A abertura oficial aconteceu com uma celebração na Igreja Matriz, durante a Festa de São Donato. No entanto, na cidade, os eventos já iniciaram no último sábado, com a Caminhada da Família no Centro do Município. Este ano, a semana especial conta como tema a “Espiritualidade cristã na família, um casamento que dá certo”.
“A Semana da Família traz um incentivo muito grande. A união que a gente consegue é muito bonito. Sentimos como as famílias precisam de apoio, de alguém que chegue e converse”, destacou a vice- coordenadora do Setor Vida e Família, da Paróquia São Donato, Elita da Silva Mello.
A coordenadora da Pastoral Familiar da Diocese de Criciúma, Maria de Lourdes Mazzuchello Zanatta, destaca que essa é uma atividade que cada paróquia em todo o Brasil, conforme a sua cultura, disponibilidade e criatividade promove a semana ao seu modo. “É uma liberdade que cada paróquia tem. O espírito é que se faça uma reflexão profunda sobre a família, os desafios de como conduzir a família hoje”, destacou.
Na programação estão previstas palestras com o psicoterapeuta, escritor, compositor e cantor Jorge Trevisol. A primeira aconteceu na noite de ontem, quando se reuniu com lideranças da paróquia no auditório São Donato. Já nesta terça-feira, no Salão Paroquial, às 9 horas, palestrará aos funcionários da Secretaria de Saúde, e às 19h30, para a Subsecretaria de Políticas Sobre Drogas. Entre essas duas palestras, às 14 horas, estará novamente no auditório para conversar com professores.
Amanhã, a partir das 14 horas, a palestra acontece no Salão Paroquial com integrantes dos grupos de Terceira Idade e dos clubes de Mães. A série de atividades com o palestrante encerra na quinta-feira, às 19h30, com a missa de Cura e Libertação na Igreja Matriz. Conforme Maria de Lourdes, movimentos especiais às famílias iniciaram logo após o Concílio Vaticano II, em 1961. “A Europa recém tinha passado por duas grandes guerras. O panorama naquele momento era de muitas famílias sem pai porque haviam morrido na guerra. Havia muitos órfãos, muitas viúvas, muitos homens mutilados. Isso foi chocante. A igreja percebeu que a família passava por mudança, foi então que a igreja se abriu para os leigos e se surgiu inúmeros movimentos deste caldo cultural, do que estava acontecendo na humanidade naquele momento”, colocou.
Ainda segundo ela, hoje a maior dificuldade é a falta de resiliência, tanto que a maioria das separações conjugais acontece antes de três anos após a união. “Na busca pelo prazer imediato, nosso maior inimigo são todas as coisas que oferecem um certo benefício rápido, como álcool, drogas e isso nos preocupam muito. Em Içara nossa apreensão é sobre a desestruturação que vem acontecendo por conta disso e as famílias foram assimiladas essa rapidez. Hoje as pessoas estão menos resistentes às dificuldades, o que faz buscar as facilidades, coisas rápidas. Isso tem sido a maior dificuldade”, lamenta.
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