Após uma semana do acidente de trânsito que matou cinco membros de uma família de Maracajá, na BR-101, a Polícia Civil de Içara ainda espera o boletim de ocorrência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para ser anexado ao inquérito policial que investiga as causas do acidente. Uma perícia já foi realizada no local do acidente. Ainda não há uma data prevista de quando os envolvidos que sobreviveram na tragédia sejam ouvidos.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Rafael Iasco, os advogados dos dois ocupantes do veículo de Porto Alegre já foram comunicados para prestar esclarecimentos, mas isso só deve ser feito mais próximo da conclusão do inquérito. "Prefiro realizar as oitivas com os ocupantes mais para o final da investigação, com os laudos da perícia e os documentos em mãos", afirmou Iasco. Ainda não há data para isso acontecer.
Por enquanto, as investigações continuam sendo tratadas como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Porém, conforme o andamento das investigações, o caso pode ser tratado como homicídio doloso ou com dolo eventual. Em depoimento à PRF, o motorista alegou defeito na pista, que não foi constatado pelos inspetores. Não foi constatado também embriaguez.
O acidente aconteceu na noite do dia 28, no km 369 da BR-101, em Içara, quando o Santana Quantum, ocupado pela família, foi atingido em cheio por uma Jeep Wrangler, com placas de Porto Alegre, que perdeu o controle do veículo e invadiu a pista contrária . Morreram a ex-vereadora Lisangela Rocha de Souza, 44 anos; a estudante Jordana Rocha de Souza, a filha de Lisangela, de 24 anos; o casal de aposentados Valdemar Rocha, de 78 anos e Maria Corrêa Rocha, de 76 anos, pais de Lisangela; além de Lislei Rocha, de 52 anos, irmã de Lisangela. Os dois ocupantes da Jeep Wrangler, de 20 e 21 anos, foram hospitalizados e, em seguida, liberados. Eles moram em Porto Alegre.
Especial Jornal A Tribuna/Foto: Daniel Búrigo