Máscaras não serão mais obrigatórias em SC

O uso de máscaras de proteção contra o coronavírus deixará de ser obrigatório em Santa Catarina. O decreto que flexibilizará o uso do acessório deverá valer a partir de sábado (12). Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou que o governo fez uma análise detalhada do boletim epidemiológico do catarinense para tomar a decisão.

“Está chegando o grande dia de transformarmos as normas e obrigações em recomendações”, comemorou o governador Carlos Moisés da Silva, em um vídeo publicado no Instagram, no fim da tarde da última quinta-feira (10). “Temos mais de 82% da população vacinada e isso nos dá segurança para que a gente possa retomar a normalidade em família e em sociedade.”

A obrigatoriedade do uso de máscaras estava prevista no decreto estadual 1.371/2021, que declara estado de calamidade pública em todo o território catarinense. Outros estados do país, como São Paulo, já retiraram a obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar livre. Entretanto, em ambientes fechados, no transporte público e dentro das escolas o uso permanece obrigatório no território paulista.

UFSC questiona atitude do Governo

Para o Núcleo de Estudos da Economia Catarinense da Universidade Federal de Santa Catarina (Necat/Ufsc), ainda não é o momento para a retirada do equipamento de proteção. “A Organização Mundial da Saúde divulgou a comprovação científica de uma nova variante que está circulando na Europa, como na França, Holanda e Dinamarca, e que foi denominada provisoriamente de Deltacron, por ser uma combinação da variante Delta com a variante Ômicron”, justificou o coordenador geral do Necat, Lauro Mattei.

Ele também alerta para o elevado número de pessoas acima de 50 anos que ainda não tomaram a dose de reforço e para a baixa cobertura vacinal de crianças.

Máscaras nas escolas

No início do mês, o Governo do Estado já havia flexibilizado o uso de máscaras para crianças menores de 12 anos.

A utilização de máscaras por crianças entre 6 e 12 anos deixou de ser obrigatória em Santa Catarina, conforme sinalizou o decreto 1.769, publicado no dia 2 de março. O Governo explicou que a medida segue as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A Federação Catarinense de Municípios (Fecam), assinou manifesto pela manutenção do uso de máscaras em escolas enquanto não houver cobertura vacinal suficiente nas crianças e adolescentes.

“Ainda não se sabe o impacto que o Carnaval pode ter gerado na transmissão de casos, a cobertura vacinal entre as crianças ainda é baixa em primeira dose, e poucas delas já têm o esquema completo, além da percebida resistência de diversos pais em vacinar seus filhos, em decorrência de desinformação científica e posicionamentos negacionistas de parte da sociedade”, afirmou a Federação, em documento divulgado em parceria com as entidades que compõem o Centro de Operações em Emergência em Saúde (COES).

Colaboração: Fernanda Kleinebing | Agência Adjori

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