No Dia Internacional do Câncer Infantil, celebrado em 15 de fevereiro, o Centro de Pesquisas Oncológicas (CEPON), unidade do Governo de Santa Catarina gerida pela FAHECE, reforça a importância de pais e responsáveis estarem atentos aos sinais e sintomas do câncer em crianças. Embora a doença avance mais rapidamente em crianças do que em adultos, o diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de cura.
Referência no tratamento oncológico para adultos em Santa Catarina, o CEPON também atende crianças de 0 a 5 anos que necessitam de sedação para sessões de radioterapia. Em 2023, 15 crianças foram tratadas no centro, número que saltou para 24 em 2024, um aumento de 60%.
O presidente da FAHECE, Dr. Alvin Laemmel, destaca que o CEPON está em constante evolução, com investimentos em tecnologia e infraestrutura. “Investir em tecnologia é investir em vida. Nosso propósito é oferecer o que há de mais moderno e eficiente no tratamento do câncer, aliando inovação tecnológica e humanização no atendimento, sempre com foco no bem-estar e na qualidade do cuidado aos nossos pacientes”, afirma.
Tipos de câncer mais comuns em crianças
Os tumores mais frequentes na infância são as leucemias, os tumores do sistema nervoso central (SNC), os linfomas e os tumores sólidos, como neuroblastoma, sarcomas e o tumor de Wilms. Diferentemente do câncer em adultos, que muitas vezes está associado a fatores como tabagismo, álcool e envelhecimento, o câncer infantil não tem relação com fatores ambientais ou de estilo de vida. Por isso, é essencial que pais e responsáveis estejam atentos aos sinais e sintomas e procurem um pediatra ao menor sinal de anormalidade.
O diretor-geral do CEPON, Dr. Marcelo Zanchet, ressalta que, embora o CEPON seja voltado principalmente para adultos, também oferece um atendimento especializado e humanizado para crianças. “Somos referência no tratamento radioterápico de pequenos pacientes que necessitam de sedação. Nosso ambiente foi revitalizado com brinquedos, móveis adequados e pintura artística, tudo pensado para acolher as crianças e suas famílias, reduzindo o estresse e proporcionando um tratamento mais humanizado”, explica.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), Santa Catarina deve registrar cerca de 310 casos de câncer infantojuvenil (crianças e adolescentes de 0 a 19 anos) até o final de 2025.
A oncopediatra do CEPON, Dra. Rita Ferrúa Oliveira, explica que, em cerca de 90% dos casos, a causa do câncer infantil é desconhecida. “Diferentemente do câncer em adultos, onde fatores ambientais e de estilo de vida desempenham um papel importante, o câncer em crianças e adolescentes geralmente tem origens desconhecidas. Aproximadamente 10% dos casos estão ligados a anormalidades genéticas ou hereditárias”, afirma.
Sinais de alerta
É importante observar os sinais que o corpo da criança pode apresentar, como:
– Perda de peso contínua e inexplicável
– Dores de cabeça com vômito (especialmente de manhã)
– Inchaço ou dor persistente nos ossos ou articulações
– Protuberância ou massa no abdômen, pescoço ou qualquer outro local
– Mancha esbranquiçada em um ou ambos os olhos
– Febres recorrentes ou febre persistente por mais de uma semana sem causa aparente
– Hematomas excessivos ou sangramentos repentinos e inexplicáveis
– Palidez perceptível e cansaço prolongado
– Linfonodos aumentados (ínguas) sem sinais de infecção
O diagnóstico precoce, aliado a um tratamento especializado e humanizado, como o oferecido pelo CEPON, pode fazer toda a diferença no combate ao câncer infantojuvenil, aumentando as chances de cura e proporcionando uma melhor qualidade de vida às crianças e adolescentes afetados.
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