Para a execução do Plano Municipal de Saneamento Básico em Içara, a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) propõe um investimento no valor de R$ 54,9 milhões. Porém, em contrapartida, pretende firmar um contrato por 30 anos, com a possibilidade de ser reanalisado a cada três anos. Esse foi o teor de uma audiência pública realizada na noite da última sexta-feira, dia 29, no Clube Ipiranga. O encontro foi proposto pelo poder Executivo para encaminhar as discussões sobre a gestão de água e esgoto no município, já que o contrato vigente termina neste ano.
“A Casan apresentou uma proposta bem clara quanto a este assunto e colocou de maneira objetiva. A ideia é de um contrato de 30 anos, porém com revisão a cada três anos. Este é um ponto interessante, porque a cada triênio haveria uma audiência pública, com toda a comunidade, para apresentar o cumprimento daquilo que foi estabelecido anteriormente”, ressalta o prefeito Murialdo Gastaldon. Içara ainda estuda outras duas alternativas para a gestão dos sistemas de água e esgoto. Uma é voltar com o Samae, municipal, enquanto outra é promover uma licitação para que uma empresa privada execute esta atividade.
A decisão sobre qual destino o sistema de abastecimento de água e do esgotamento sanitário deve tomar na cidade cabe ao prefeito. O chefe do Poder Executivo, no entanto, salienta que, até novembro, deve realizar uma série de reuniões, para debater quais seriam os melhores caminhos para a cidade quanto a este assunto.“Pretendo ter uma conversa ainda mais abrangente com lideranças da nossa cidade, como representantes da Associação Empresarial, do CDL (lojistas), sindicatos, UACI (associações de moradores). Mesmo que eles já tenham participado da audiência pública, acredito que seja importante este debate com eles para saber o que é melhor”, coloca.
Gastaldon enfatiza que a discussão deve acontecer com cautela, avaliando todos os pontos. “Não há município que possa se desenvolver sem segurança de abastecimento de água para a população. Da mesma forma, as empresas, quando pensam em se dirigir para a nossa cidade, a primeira coisa que desejam saber é como está o sistema de esgoto, o abastecimento de água, assim como a questão de energia. Tudo isso conta para o desenvolvimento econômico”, finaliza o prefeito.
Especial Jornal Gazeta