sexta-feira, 29 novembro, 2024
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Unidade de saúde desativada pode virar abrigo para mulheres 

Desativada desde o ano passado, quando os serviços foram transferidos para uma sede maior, a antiga unidade de saúde do bairro Liri pode ganhar um novo uso. Isso porque, por meio de indicação, o vereador Lauro Nogueira sugeriu ao Executivo municipal instalar no local uma Casa de Abrigo para mulheres vítimas de violência doméstica ou violentadas.

A proposta, que não pôde ser feita por meio de projeto de lei uma vez que traz ônus ao governo municipal, tem como objetivo abrigar e prestar todos os atendimentos necessários às mulheres e seus filhos. O prefeito Murialdo Gastaldon comenta que irá se aprofundar mais sobre a sugestão, mas considera uma iniciativa importante. “É uma maneira de darmos mais atenção a esses casos, que infelizmente ainda são registrados”, declara.

De acordo com Nogueira, a proposição envolveria as secretarias de Assistência Social e de Saúde, diretamente, e seus profissionais. “Foi feita através de indicação uma vez que existe a necessidade de ter um espaço compatível, mobiliá-lo adequadamente, oferecer profissionais capacitados como psicólogos e assistentes sociais, alimento, água, enfim, tudo o que for necessário para que a vítima se sinta o mais confortável possível”, explica.

A antiga unidade foi apresentada como uma possibilidade porque é um prédio público que está fechado, além de se localizar próximo ao posto da Polícia Militar Rodoviária, o que poderia inibir a aproximação dos agressores. No entanto, o abrigo poderia funcionar em outro local.

Nogueira ressalta que a casa em questão não pode ter identificação e precisa ser oculta. “O espaço não pode ser identificado uma vez que, se assim fosse, as vítimas seguiriam em vulnerabilidade, pois seus agressores poderiam localizá-las. Claro que sabemos que há a necessidade, caso a proposta seja viabilizada, de todo um estudo sobre o número de mulheres atendidas; o que também causaria transtornos porque a partir do momento que se oferece o serviço e as pessoas o procuram, todas precisam ser atendidas”, salienta.

 

Especial Jornal Gazeta

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