Emerson Domício, aos 25 anos, tem em seu emprego uma grande fonte de satisfação. Ele trabalha como frente de caixa de um supermercado de Içara e está entre aquelas pessoas que, mesmo com algum tipo de deficiência, buscam o seu espaço no mercado de trabalho. E a deficiência intelectual que possui não o impede de sonhar com voos ainda mais altos.
“Tive que começar a trabalhar primeiramente porque eu estava precisando, mas também tem a questão de que trabalhar é bom, é uma necessidade para nós. Não podemos ficar em uma rotina de apenas ficar em casa. Temos que ter este convívio. Por isso comecei a trabalhar e encontrei esta grande oportunidade”, comenta o jovem.
Assim como acontece com outros trabalhadores nas mais variadas áreas, Domício também teve dificuldades no início, mas depois se adaptou à função. “No começo fiquei bastante nervoso, mas hoje me sinto em casa, trabalho bem tranquilo. Consegui me adaptar. Acho que para todo mundo o primeiro momento é difícil, mas se realmente é aquilo que a gente sabe fazer, vai se adaptando”, afirma.
Muita disposição para a realização das atividades
A coordenadora do setor de Recursos Humanos da loja içarense em que Domício trabalha, Silvana Teixeira, conta que ao todo são 15 trabalhadores com algum tipo de deficiência empregados pela unidade da rede de supermercados. Eles atuam nos mais variados setores, de acordo com a área em que conseguem se adaptar melhor, assim como acontece com pessoas que não possuam deficiência.
“Existem trabalhadores na padaria, no hortifrúti, na frente de caixa, tem no depósito, entre outras áreas. Eles trabalham igual uma pessoa dita ‘normal’, até porque não há este tratamento com diferença. Obviamente que há uma limitação para essas pessoas, por isso há uma análise sobre qual setor trabalhar, para que ela possa exercer o melhor de si no trabalho”, explica a coordenadora.
Especial Jornal Gazeta