Nesta semana, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) emitiu uma portaria em que define os critérios para monitorar a suspeita de variantes do Coronavírus. A pasta definiu uma lista de seis casos em que acionará a chamada vigilância genômica, quando o material é enviado ao Rio de Janeiro para decifrar a origem e o código genético do vírus.
Na lista, estão casos suspeitos de reinfecção; casos graves ou óbitos em indivíduos sem comorbidades ou fatores de risco; óbitos em gestantes; suspeitos da doença que já receberam a vacina há mais de 28 dias; suspeitos com histórico de viagem para o exterior com circulação de novas variantes e seus contatos próximos; e amostragem em surtos.
As normas servem para monitorar as mutações e variantes que circulam em Santa Catarina, além de compreender os padrões de dispersão e evolução do SARS-CoV-2 e o possível impacto na epidemiologia da Covid-19.
Em julho, o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, havia afirmado que a Saúde selecionava amostras aleatórias em ocorrência de surtos. Agora, os critérios estão estabelecidos, mas também haverá sequenciamento genético de forma aleatória.
Durante o primeiro semestre, foram identificados diversos casos da variante Gama, que teve os primeiros registros no Brasil. Agora, a maior preocupação é com a Delta, variante que teve os primeiros casos registrados na Índia. Até aqui, foram 43 confirmações da Delta em Santa Catarina. Destes, dois morreram pela doença.
Recentemente, o Laboratório Central de Saúde Pública de SC (Lacen/SC) implantou um protocolo de triagem de amostras de secreções respiratórias para apurar as variantes. A unidade utiliza uma metodologia que detecta mutações comuns às variantes Alfa, Beta e Gama, e caso não seja detectada essa mutação, recebe prioridade por ter indicativo de ser a Delta.