As alterações nos limites da Área de Preservação Ambiental (APA) nas localidades de Esperança e Santa Cruz foram tratadas na noite de terça-feira, dia 18, em Audiência Pública. O encontro realizado no centro comunitário de Esperança, para onde há a proposta de instalação de empresas do ramo metalúrgico, transformações veiculares e do Terminal Intermodal Sul, contou com a participação de representantes do Poder Executivo, Legislativo, Ministério Público de Santa Catarina, lideranças comunitárias, representantes de entidades e a comunidade.
Após apresentação do Projeto de Lei que propunha a redefinição da APA, feita pelo procurador Walterney Angelo Reus, os participantes puderam expor suas dúvidas, anseios e dar sugestões. Com o resultado da Audiência Pública o governo pode, agora, dar sequência à redefinição da APA suprimindo 53 hectares de uma área de 1.523 hectares, transformando este espaço em área empresarial.
A redefinição foi colocada em pauta uma vez que a exigência a ser cumprida, o plano de manejo, levaria mais de um ano para ser efetivado o que dificultaria a vinda de investimentos empresariais paracidade. “Estamos buscando a solução junto à comunidade, que contemple o desenvolvimento econômico de modo sustentável, sem riscos para a estrutura ambiental da região, e a redefinição do polígono da APA foi a maneira mais adequada para resolver a situação”, explica o procurador assinalando que a realização da audiência pública foi uma recomendação do Ministério Público.
Já a promotora, Maria Claudia Tremel de Faria, pediu que a preservação dos recursos ambientais sejam assegurados. “O interesse do Ministério Público é a preservação do meio ambiente não somente hoje, mas para as gerações futuras, mesmo que um espaço seja suprimido desta APA”.
O prefeito Murialdo Canto Gastaldon, que presidiu a audiência, enfatizou que as empresas em questão, Cimolai, TCA e TIS, têm em suas atividades baixíssimo impacto ambiental. “Nenhuma das empresas interessadas utiliza recursos naturais o que assegura a preservação do meio ambiente. E vale ressaltar também que mesmo se instalando na área redefinida as empresas devem cumprir todas as leis ambientais em vigor, como acontece com qualquer atividade em outras regiões do município”, pontua. “Nós queremos que as empresas venham para a cidade, se instalem, mas que não comprometam os recursos naturais seja em qualquer bairro de Içara”, complementa o vice-prefeito, Sandro Giassi Serafin.
Para o morador, Valmir Joaquim dos Santos, investimentos que façam Içara crescer sem comprometer o meio ambiente são bem vindos. “Se a empresa estiver dentro dos critérios estabelecidos por lei, não prejudicar o meio ambiente e as atividades econômicas dos moradores da região, ela é bem vida. Não queremos impedir o crescimento da cidade e posso assegurar que mais de 90% dos moradores querem que os investimentos venham”.
Colaboração: Imprensa PMI