terça-feira, 4 novembro, 2025
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Polícia Civil, Diocese de Criciúma e Defesa do Sacerdote esclarecem desfecho de caso envolvendo perseguição e difamações

Foto: Tiago Clezar

A Polícia Civil, a Diocese de Criciúma e a defesa do sacerdote Padre Joel Sávio esclareceram em coletiva à imprensa, realizada nesta terça-feira, os desdobramentos do caso que envolveu perseguições, difamações e divulgação de conteúdos manipulados contra o religioso.

O Caso

O Padre foi vítima da divulgação de vídeos e prints de conversas adulterados, que rapidamente ganharam repercussão pública.

Durante o atendimento inicial, identificou-se que ele era alvo de stalking praticado por uma mulher, que, movida por condutas obsessivas, desencadeou uma sequência de ataques difamatórios, caluniosos e persecutórios contra o sacerdote e outros membros do clero.

Os levantamentos iniciais apontaram que os vazamentos partiram da região da AMUREL, onde a investigada reside, e que a mesma manteve os ataques até o dia 04 de agosto de 2025, chegando a enviar áudios e mensagens quase diariamente.

Diante da gravidade, a Polícia Judiciária representou por busca e apreensão, culminando na apreensão de três aparelhos celulares. Após confessar integralmente os fatos, a investigada foi formalmente indiciada.

 

Principais Fatos Confessados

  • Divulgação de vídeos e prints manipulados;
  • Alegações fantasiosas de encontros íntimos e práticas sexuais — desmentidas pela própria autora;
  • Divulgação de que o sacerdote teria usado recursos da Igreja para fins pessoais — também desmentido;
  • Uso de WhatsApp falso para se passar pelo Padre e enviar mensagens à sua família.

 

O motivo dos ataques foi reconhecido: “raiva” por frustração pessoal e rejeição, uma vez que o sacerdote sempre deixou claros os limites de sua vocação religiosa e do celibato clerical.

 

Acordo de Não Persecução Penal (ANPP)

 

Prevalecendo o espírito conciliatório, no âmbito criminal, foi celebrado um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP), ainda não homologado judicialmente, com as seguintes condições:

  • Confissão formal da investigada quanto à prática de perseguição, difamação, calúnia, injúria e divulgação de conteúdos falsos;
  • Reparação do dano: pagamento de R$ 40.000,00(já realizado) à Diocese de Criciúma, valor destinado integralmente a ações sociais;
  • Obrigações: não manter contato com o sacerdote, não comparecer a missas ou eventos da Diocese, não mencionar seu nome, imagem ou voz, e não difamar ou divulgar informações a seu respeito;
  • Cláusula penal: multa de 20 salários mínimos por ato de descumprimento;
  • Suspensão do inquérito por 2 anos, com extinção da punibilidade apenas em caso de cumprimento integral das condições.

 

Composição Civil com a Diocese

Além do acordo criminal, foi firmado um acordo extrajudicial entre a investigada, a Diocese, o Bispo Dom Jacinto e sacerdotes, que prevê:

  • Renúncia recíproca a indenizações por danos morais;
  • Vigência mínima de 10 anos;
  • Multa de 10 salários mínimos em caso de descumprimento.

 

Importância do Desfecho

  • Reconhecimento e confissão integral da autora do fato;
  • Reparação financeira revertida a projetos sociais da Diocese;
  • Proteção assegurada ao sacerdote, à Diocese e à comunidade religiosa;
  • Retratação pública que restabelece a verdade e a honra dos envolvidos;
  • Prevalência do espírito conciliatório, que permitiu a pacificação social;
  • Reafirmação da confiança da Igreja na Justiça e da condução transparente de todo o processo.

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