A pesquisadora Mariléia Giassi Zanette com mestrado em ciências ambientais e trabalhos realizados sobre poluição eletromagnética e saúde pública, esteve na Câmara Municipal apresentando estudos sobre poluição eletromagnética. A preocupação da pesquisadora ocorre em virtude do projeto de lei apresentado pelo vereador André Mazuchello Jucoski, o Polakinho, que extingui a limitação de distância mínima de 300 metros como parâmetro para o afastamento de torres e antenas de telefonia móvel das residências e edificações.

“Estamos em tempos que ninguém quer ficar sem tecnologia, mais é preciso cuidados com o meio ambiente e a saúde pública”, alerta Zanette, completando: “Tudo na natureza é frequência e sendo assim qualquer frequência atinge o sistema biológico, por isso o cuidado”. Ela ressalta que pessoas que residem até 400 metros de uma antena de celular tem três a quatro vezes mais chances de ter câncer, e sugeriu que as antenas sejam colocadas ao longo de avenidas.

“O afastamento é a única forma de proteção, peço que os vereadores analisem bem a proposta, pois é preciso pensar primeiro na saúde púbica”; destaca Mariléia, que há 15 anos estuda sobre o assunto. Para o autor da proposta vereador Polakinho o município demanda de melhorias nos serviços de telefonia móvel. “Respeito à opinião da pesquisadora, mas a cidade precisa dessas melhorias, e as antenas estão conforme as normas da Organização Mundial de Saúde”; aponta.

Colaboração: André Dal Pont/Câmara Municipal de Içara