O Clube de Mães da Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma (Afasc) tem levado acolhimento, aprendizado e esperança para dentro dos muros da Penitenciária Feminina de Criciúma, a única unidade prisional exclusivamente feminina de Santa Catarina. Por meio de oficinas de artesanato, realizadas todas as quartas-feiras, das 9h às 11h, o projeto tem transformado a rotina e a perspectiva de vida de diversas mulheres privadas de liberdade.
A iniciativa, que une empatia, trabalho e inclusão, foi criada com o propósito de promover a ressocialização, despertando novas possibilidades de futuro. Nas oficinas, além de aprender técnicas de bordado, crochê e pintura, as participantes encontram um espaço de escuta e convivência.
“Este projeto é a prova viva de que, quando somos acolhidas e estimuladas a acreditar que podemos mudar de vida, o caminho da transformação se torna possível. Ver o brilho nos olhos dessas mulheres, ao perceberem que são capazes de criar algo bonito com as próprias mãos, é uma das maiores recompensas do nosso trabalho”, destaca a presidente de honra da Afasc, Gisele Bolan.
De acordo com a coordenadora do Clube de Mães da Afasc, Juliane Manganelli Pinto Colonetti, o artesanato é mais do que uma atividade manual, é uma ferramenta de reconstrução pessoal. “A cada peça concluída, elas redescobrem a capacidade de criar, de produzir algo significativo. Isso reflete diretamente na forma como se veem e em como desejam recomeçar”, afirma.
Os encontros, conduzidos por uma das monitoras do Clube de Mães, também assumem um caráter terapêutico, oferecendo ocupação e um momento de pausa e reflexão na rotina da penitenciária. As atividades contribuem para o controle da ansiedade, fortalecem a saúde emocional e preparam as mulheres para um recomeço de vida longe da criminalidade.
Texto: Manuela Linemburger
Fotos: Manuela Linemburger e Thaís Borges



















