O Criciúma virou “mestre” em rebaixamentos nos últimos anos

O Criciúma rebaixou e não tem mais volta. Manchou a sua história e isso não pode mais ser apagado. Entre os grandes, era o único que ainda não havia passado por este fracasso. Figueira, Avaí, Chap. e Joinville, todos eles já passaram por isso e conseguiram se reerguer. Isto não torna o processo menos vexatórios, mas o deixa menos frustrante, se é que é possível.

Primeiro erro

Qual foi o grande erro deste início de gestão? Talvez o improviso. Até meados de 2020 quando Jaime já havia anunciado sua renúncia, o único projeto concreto de reestruturação do clube que o Criciúma tinha a mesa era o do Alexandre Farias. Sem apoio do conselho pré-histórico tricolor, Farias desistiu do processo e o nome de Anselmo ganhou força nos bastidores.

Os salvadores da Pátria

Avalizados pelo conselho, Anselmo Freitas e Waldeci Rampinelli surgiram como a solução que pudesse por fim naquela fase caótica que o Criciúma vinha passando nos últimos anos. Trouxeram Giuliano Bittencourt com quem Rampinelli já havia trabalhado e Hemerson Maria, conhecido no estado por bons trabalhos frente as maiores equipes, mas que vinha de dois péssimos trabalhos no último ano.

A unanimidade muitas vezes é burra

Uma gestão midiática se formou com o intuito de reconstruir a ligação entre torcida e clube, fortemente devastada na administração de Dal Farra. Formadores de opinião foram trazidos para dentro do clube e no início tudo pareceu muito bonito e promissor. A reestruturação de fora para dentro caminhava com sucesso, o que não se refletiu dento de campo.

Muito poder de decisão

Deixar Hemerson Maria montar o elenco de 2021,talvez,  tenha sido o maior erro desta gestão. Com o aval de Giulliano Bitencourt, gerente de futebol, Maria escolheu a dedo a maior parte dos atletas que aqui chegaram. Demoraram a contratar um meia de armação que só foi apresentado no meio do campeonato e um centroavante tão solicitado pela torcida, sequer, desembarcou no Heriberto Hülse.

Atitudes são esperadas

Uma pergunta que fica: Anselmo não teria cogitado que o Criciúma seria rebaixado? Será que nosso presidente estava rodeado de pessoas que acreditavam até a última rodada que um milagre salvaria o tricolor deste vexame? A decepção do presidente e a falta de atitudes frente ao ocorrido só me confirmam o amadorismo com que é lidado tal situação.

Cadê as mudanças?

Sendo o rebaixamento anunciado desde a derrota em casa contra o Próspera a três semanas, acredito que um novo treinador já deveria estar negociado, tendo em vista a recusa de continuidade de Wilsao ao cargo. Não sabia Anselmo que Rampinelli abandonaria o barco frente ao desastre? Eles não haviam conversado sobre a situação?

Os culpados e a responsabilidade

Manifestação da torcida após o rebaixamento

Uma lista de dispensas já deveria ser anunciada um dia após ser consolidado o rebaixamento. Digo mais, ainda que não fosse rebaixado esta mesma lista deveria ser confirmada frente a tamanha incompetência demonstrada neste campeonato. Ou alguém acredita que uma vitória frente ao Avaí, qualificaria este elenco para o restante da temporada?

Bola pra frente!

Anselmo colocou seu cargo à disposição e acredito eu ser esta uma atitude tomada de cabeça quente naquele momento difícil. Um líder não pode desistir dessa maneira quando as dificuldades surgem. Assumir a culpa é necessário. Aprender e juntar os cacos para dar continuidade ao projeto de reconstrução com as lições adquiridas. A tristeza faz parte do processo, a irresponsabilidade não.

Ótima semana a todos e até a próxima Cornetada de 2ª!

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