O dia 7 de abril de 2016 mudou completamente a vida de Jefferson Francisco. Jovem, com 21 anos, ativo, ele sofreu um grave acidente de trânsito, na Rodovia Paulino Búrigo (SC-445), enquanto se dirigia para o trabalho em Içara. Em decorrência do acidente, o rapaz perdeu os movimentos das pernas. Um ano depois, o estudante universitário pode ser considerado um exemplo de superação.
Viver em uma cadeira de rodas não tem prejudicado o dia a dia de Jeff, como é conhecido pelos amigos. Aliás, ele mesmo considera que hoje leva uma vida mais ativa, em relação à prática esportiva, do que era até um ano atrás. O jovem, atualmente com 22 anos, conta que, antes do acidente, por falta de tempo, ficava apenas na musculação. Hoje, já está atuando em três modalidades.
“Cerca de quatro meses após o acidente, eu já comecei a praticar esporte novamente. O primeiro passo foi com a equipe de handebol sobre cadeira de rodas da Satc. Com oito meses do acidente, comecei a praticar o tênis. E agora, há pouco tempo, voltei também com a musculação”, comenta.
O jovem destaca que começar a praticar esportes após foi fundamental para conseguir seguir a vida. “No início, um ponto positivo foi o contato com os outros cadeirantes, ver tudo o que eles conseguiam fazer, ver o desempenho deles no esporte e ver que cadeirante não é aquele ser frágil que todo mundo idealiza. Cada um tem suas limitações, mas faz tudo ou quase tudo que uma pessoa considerada como normal fazia”, detalha.
Recuperação de movimentos
Desde que sofreu o acidente em abril do último ano, Jeff vem se dedicando de forma intensa à recuperação. Há uma expectativa de que ele possa ter os movimentos integrais e assim consiga voltar a caminhar normalmente, sem precisar de auxílio. “Tenho alguns movimentos na perna esquerda. Por exemplo, consigo fazer a embreagem do carro com ela. E a perna direita, que eu não mexia nada, começou a ter contração e alguns movimentos, mas ainda é muito pouco”, afirma o jovem.
Ele destaca que consegue se movimentar sem o uso da cadeira de rodas, caminhando com o auxílio de andador e também de duas órteses, sendo uma em cada perna. Mas ainda tem certa dificuldade e pouca resistência. “Apenas ando com o andador curtas distâncias e, por receio de andar com ele na rua, então acabo treinando somente em casa”, finaliza o estudante universitário.
Especial Jornal Gazeta