O número de inadimplentes no país teve uma pequena queda em dezembro de 2023, em comparação com novembro de 2023, e atinge 66,12 milhões de brasileiros. O Indicador realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que quatro em cada dez brasileiros adultos (40,35%) estavam negativados em dezembro de 2023. Na comparação com o mesmo período de 2022, o indicador apresentou crescimento de 3,58%.
A partir dos dados disponíveis em sua base, que abrangem informações de capitais e interior de todos os 26 Estados da federação, além do Distrito Federal, a CNDL e o SPC Brasil registram que a variação anual observada em dezembro deste ano ficou acima da observada no mês anterior. Na passagem de novembro para dezembro, o número de devedores caiu -0,71%.
A queda no número de inadimplentes segue uma tendência diante do cenário econômico do país, com juros mais baixos, queda no desemprego e aumento da renda. Muitos consumidores aproveitaram o décimo terceiro salário e a renda extra do final do ano para negociar suas dívidas. E a prorrogação do programa Desenrola também contribuiu para este cenário”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.
NÚMERO DE PESSOAS INADIMPLENTES POR TEMPO DE ATRASO
O crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 1 a 3 anos (22,26%).
O número de devedores com participação mais expressiva em dezembro está na faixa etária de 30 a 39 anos (23,65%). De acordo com a estimativa, são 16,38 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores nesta faixa, ou seja, quase metade (48,08%) dos brasileiros desse grupo etário estão negativados. A participação dos devedores por sexo segue bem distribuída, sendo 51,08% mulheres e 48,92% homens.
Os dados ainda mostram que cerca de três em cada dez consumidores (30,98%) tinham dívidas de até R$ 500, percentual que chega a 44,88% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.
Em dezembro de 2023, o número de dívidas em atraso no Brasil teve crescimento de 7,89% em relação ao mesmo período de 2022. O dado observado em dezembro deste ano ficou abaixo da variação anual registrada no mês anterior. Na passagem de novembro para dezembro, o número de dívidas apresentou recuo de ‐1,11%.
Fonte: CNDL/SPC Brasil