A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe já está na terceira semana, mas, ao contrário de outros anos, nesta temporada os municípios registram baixa procura pela vacina, em especial às crianças que estão no chamado grupo prioritário. Podem ser imunizadas, gratuitamente, no sistema público de saúde, aquelas que têm até cinco anos de idade. Também preocupa o baixo número de gestantes que buscaram a imunização.
“Na primeira semana, quando a vacinação foi voltada somente aos idosos e doentes crônicos, a movimentação nas unidades de saúde foi bem grande, tanto que já atingimos 80% da meta. Mas crianças e gestantes vêm preocupando mesmo, sendo que nem chegamos a 30% da meta”, informa a enfermeira da Vigilância Epidemiológica de Içara, Laura Maté
Ela destaca as dificuldades para se vacinar essas duas categorias. “Gestantes a gente já tem uma dificuldade que não é de hoje. Algumas ficam com certo receio de efeitos que podem ocasionar no bebê, mas lembramos que a vacina não faz mal e aliás é um grupo de bastante risco. E quanto às crianças, temos o problema que no horário de atendimento das unidades de saúde a maioria está nos CEIs (Centros de Educação Infantil) e os pais, trabalhando, o que prejudica”, explica Laura.
Uma das possibilidades para que as pessoas não estejam buscando a proteção contra a influenza é que em 2017 ainda não houve muitos casos registrados de complicações e óbitos causados pela gripe. “O objetivo é realmente prevenir. O vírus H1N1 realmente não está circulando, mas tem o H3N2, que pode causar hospitalização e está como prevenção na vacina”, ressalta a enfermeira.
Especial Jornal Gazeta