A maternidade do Hospital São Donato fechou o primeiro semestre deste ano com números positivos. No total, houve mais de 600 partos na unidade hospitalar de Içara, o que significa média de 106,33 nascimentos por mês. Sendo 378 normais, o que equivale a 59,25%. Também houve 260 cesáreas, representando 40,75% do total. O Hospital atende basicamente pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), moradoras da Região Carbonífera e de municípios do Extremo Sul.

Neste ano, o Ministério da Saúde criou um sistema de monitoramento online para acompanhar a quantidade de cesáreas no SUS. A medida visa reduzir a realização desse tipo de procedimento quando desnecessário. Por isso, a pasta quer identificar os serviços, para que juntos possam realizar ações para aumentar o número de partos normais, como primeira opção para o nascimento.

O objetivo é que a equipe e gestante discutam o plano de parto para que seja feita a escolha pelo melhor tipo de procedimento que não coloque em risco a vida da mãe e do bebê. “Queremos avançar cada vez mais na humanização e no acolhimento. Para isso, criamos a visita guiada nas quartas-feiras. É uma oportunidade de as gestantes tirarem dúvidas sobre o parto normal, a cesárea e ainda conhecer a estrutura do hospital. O resultado tem sido muito positivo”, avalia a gerente de Enfermagem do HSD, Adriana Ribeiro.

Acompanhamento pré-natal orienta as mães

No acompanhamento pré-natal, disponibilizado gratuitamente pela rede municipal de saúde, as gestantes passam pelos exames necessários e também recebem orientações sobre a maternidade, como os tipos de parto e os cuidados com o bebê.

Segundo o médico Éderson Tavares, o parto normal traz benefícios que a cesariana não tem. “Proporciona recuperação rápida, traz maior pré-disposição e a mãe também já pode amamentar o bebê logo em seguida ao parto, enquanto quem fez cesariana precisa esperar pela recuperação”, explica.

Benefícios também para os bebês

O parto normal também oferece benefícios para a criança. O processo de passagem do bebê pelo canal vaginal é importante porque esta compressão ajuda o pequeno a colocar para fora todo o líquido dos pulmões. Assim, ele já nasce respirando melhor e os riscos de complicações respiratórias são menores. O bebê nasce mais calmo e também mais alerta, devido ao contato com a ocitocina, hormônio liberado pela mulher durante o processo.

Especial Jornal Gazeta