segunda-feira, 29 dezembro, 2025
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Giassi reaproveita 10 mil litros de óleo mensalmente

Resina para tintas, ração animal e biodiesel. Esses são apenas alguns dos produtos que podem ser gerados através do reaproveitamento do óleo de cozinha. Muitas pessoas, inclusive, desconhecem os prejuízos ambientais que podem ser causados quando ele é descartado diretamente na pia. E foi pensando em amenizar esses problemas que a Rede de Supermercados Giassi desenvolveu o projeto de recolhimento de óleo. O trabalho é realizado desde 2008 e dados apontam o reaproveitamento de cerca de 10 mil litros do produto mensalmente. 

“Nós trabalhamos com duas vertentes. A primeira é o reaproveitamento do óleo de produção direto da fritadeira. E a segunda é o óleo direto do cliente. Ou seja, o supermercado gera uma quantidade grande diariamente e precisa achar o destino adequado para esse descarte. E aproveitou também que é um grande meio de comunicação, já que possui contato direto com os clientes, para despertar essa consciência também nas pessoas”, explica a engenheira ambiental e de segurança do trabalho do Giassi de Içara, Franciele Schmoeller.

O óleo utilizado no próprio supermercado é armazenado em galões. Já o produzido por clientes, é levado por eles geralmente em garrafas pets e depositados na estação que se encontra na garagem da empresa. Depois disso, duas empresas diferentes fazem o recolhimento dos produtos e o encaminhamento necessário. “Cerca de 150 litros são trazidos pelos clientes mensalmente. É uma quantidade pequena se compararmos ao que vendemos diariamente. Mas já é um avanço muito grande, porque caso contrário estaria sendo descartado no meio ambiente”, pontua Franciele. “Esse óleo pode ser reaproveitado para diversas coisas, desde ração animal à combustível, isso vai depender da empresa que faz o recolhimento”, acrescenta. 

O projeto de reaproveitamento de óleo de cozinha estendido pelo Giassi às casas das pessoas é uma forma de realizar o trabalho de educação ambiental. “Nós acreditamos que conduta e costume é a solução. Antes, quando as pessoas não tinham a obrigatoriedade de utilizar cinto de segurança, não o faziam. Hoje já é um hábito automático, basta entrar no carro para colocar. Então se essa prática for realizada diariamente em casa, se tornará costumeira e natural. Até porque, não é uma tarefa difícil. O armazenamento pode ser feito em garrafas pets e até nos vidros de conserva que possuem a boca larga e não precisa esperar o produto esfriar. Além disso, está se trabalhando o processo de reciclagem duas vezes, que é o do óleo e o recipiente”, assinala a engenheira.

Prejuízos 

A engenheira alerta que muito mais importante do que reaproveitar o óleo é ter consciência que o descarte indevido dele pode trazer prejuízos incalculáveis para o meio ambiente e que serão sentidos pela humanidade a longo prazo.

“Um litro de óleo contamina um milhão de litros de água que serão ingeridos por cerca de 14 anos pelas pessoas. E quando se fala em salvar rios e nascentes, não se tem noção que toda essa poluição foi feita pelo homem. Muitas pessoas ainda jogam lixo pela janela dos carros, descartam materiais nos rios e mares, não fazem a separação adequada, e depois reclamam de enchentes e outros problemas. Problemas esses que não são causados pela natureza, mas pelo próprio homem que ainda não tem essa consciência de educação ambiental”, sintetiza Franciele. 

Ela ressalta que iniciar esse trabalho em casa é fundamental para o planeta. “Como eu disse, é um trabalho que não é difícil. Muitas pessoas fazem sabão com o óleo, o que já é bom, porque ele é reaproveitado. Mas todos deveriam adotar essa prática e se não tiverem onde armazenar tragam até o Giassi que se encarrega de dar o destino certo”, completa. 









Especial Jornal Gazeta

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