Residindo há pouco mais de um mês em Içara, o ganês, Nasyru Umar, 24 anos, assim como milhares de outros ganeses, migrou para o Brasil em busca de uma vida melhor. Junto com mais três amigos ele saiu de sua cidade natal, Kumasi, localizada na região dos ashantis, no centro do país para tentar a vida. No Brasil, passou por vários estados até chegar em Santa Catarina onde ficou. Se estabeleceu em Criciúma até que alguém o indicou para trabalhar em Içara. Para o município veio e por aqui se instalou. Conseguiu um local para morar e emprego. Em Kumasi, Nasyru trabalhava como eletricista de moto.
Nasyru está como auxiliar de produção em uma indústria de produtos químicos. “Aqui é um lugar calmo, sem brigas, não tem guerras. Lá em minha cidade estava muito ruim de emprego, por isso que viemos para cá. Aqui tem trabalho”, disse ele e afirma estar feliz com a acolhida. “Saímos na rua e as pessoas querem tirar fotos e conversar com a gente. A receptividade é muito boa”, fala satisfeito. Sobre o período que pretende ficar no Brasil, ele diz ser incerto. “Talvez fique para sempre, ou volte para trazer minha família”, analisa o ganês que tem os pais falecidos, é solteiro, não tem filhos e que tem apenas irmãos.
Assistência
Em entrevista na última semana para o jornal Gazeta, a secretária de Assistência Social, Habitação, Trabalho e Renda, Juci Fernandes, informou que a Secretaria se preocupa com a situação e já se prepara para saber a melhor forma de proceder com os ganeses. “Nós temos um encontro no início da semana que vem em Criciúma para tratar especificamente sobre esse assunto. E lá teremos uma noção maior do que precisa ser feito. Até porque, ainda não tivemos essa Vicência. Mas, claro, temos que estar preparados. Então acredito que essa reunião irá nos esclarecer melhor, inclusive, sobre como encontrar esses refugiados para fazer o cadastro corretamente”, aponta. A preocupação inicial é a de identificar essas pessoas. “Porque muitos vêm para cá em busca de trabalho, outros de refúgio, e precisamos saber qual é essa demanda. Nos foi repassado também para que orientemos que eles voltem ao seu país, já que aqui podem enfrentar situações críticas também. Mas muitos estão resistente ao retorno, não querem de jeito nenhum”, finalizou.
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