Apesar dos resultados positivos dos primeiros quatro meses de 2024, a tragédia climática no Rio Grande do Sul tende a desacelerar o avanço nas vendas de todo o País. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima perda diária de receitas na ordem de R$ 123 milhões, acumulando um prejuízo de R$ 3,32 bilhões no mês de maio – o equivalente a 18,3% do valor previsto para o período.
As consequências vão além das cifras, afetando também a infraestrutura e o abastecimento dos estabelecimentos comerciais, com queda abrupta de 28% no fluxo de veículos de carga nas estradas do Estado, segundo dados preliminares da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
“O impacto das enchentes no Rio Grande do Sul é devastador, não só em termos de perdas humanas e financeiras, mas também no que diz respeito à infraestrutura vital para o funcionamento do comércio”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros. “A Confederação, não apenas por meio das estruturas do Sesc e do Senac, como também das Federações do Comércio de todo o País, está dedicando todos os esforços possíveis para auxiliar o povo gaúcho na reconstrução de suas vidas”, reitera Tadros.
O Rio Grande do Sul é a quinta Unidade da Federação em termos de movimentação financeira anual. Em 2023, o comércio gaúcho movimentou R$ 203,3 bilhões, representando 7% do total do volume de vendas no varejo brasileiro. Conforme o economista da CNC responsável pelo estudo, Fabio Bentes, as perdas impostas pela tragédia climática deverão trazer o volume de vendas local ao nível observado no primeiro semestre de 2021, prejudicando ainda mais a recuperação econômica.
Colaboração: Rede Catarinense de Notícias