quinta-feira, 24 abril, 2025
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Dia do Açougueiro: Audenir relata desafios da profissão

Seja no churrasco ao fim de semana ou no almoço comum no dia a dia. A carne faz parte da alimentação na maioria das famílias brasileiras. Exclui-se apenas a parcela de vegetarianos existente no país, as demais contam com este alimento como uma importante fonte de nutrientes. Seja no supermercado ou no açougue, a função do açougueiro é essencial para atender essa demanda. Pela importância desses profissionais, neste 9 de outubro é lembrado o Dia do Açougueiro.

Uma das pessoas que se dedica a profissão é Audenir Frasson Cardoso, de 36 anos. O morador do bairro Cristo Rei, atualmente é chefe do setor de açougue do Supermercado Abimar, empresa na qual presta serviço há 13 anos e onde iniciou na profissão.

Cardoso começou a trabalhar como açougueiro aos 22 anos. Ele não tinha parentes que já trabalhavam na área, sendo assim não teve influência. Iniciou no ramo por conta própria, no desejo de conquistar uma vida melhor. E, foi um dos primeiros funcionários do Supermercado Abimar, quando inaugurado na área central de Içara.

“Antes, eu trabalhava na lavoura. Mas, tem aquele problema que você planta hoje para colher somente no ano que vem. E aos poucos fui vendo que não era isso que eu queria. E na época vários amigos deixaram a lavoura e eu fui no embalo. E, me apareceu a chance de trabalhar como açougueiro e aproveitei.  Estou até hoje e não pretendo sair. Na realidade, hoje até me arrependo de não ter começado mais cedo”, contou Cardoso.

O chefe do setor de açougue, destaca que atualmente há dificuldade de encontrar pessoas para trabalhar nesta função. “Como falei, me arrependo de não ter começado mais cedo. Então, para quem quiser entrar nessa profissão, o meu conselho é para que entre. Tenho certeza que não se arrependerá, assim como eu não me arrependo. E nesta área é muito difícil de encontrar açougueiros bons”, destaca.

Conhecer todos os tipos de carne e como deve ser realizado cada um dos cortes, não são as únicas coisas que um bom profissional deve saber. Conforme ele, paciência para mais aprendizado é essencial para que a função seja desempenhada com perfeição e que os clientes gostem do atendimento e do produto a ser oferecido.

“Para ser um açougueiro profissional, leva tempo. É um tempo em que você deve passar a ficar mais conhecido. Eu mesmo, sempre estou aprendendo alguma coisa nova, que faz me evoluir. E muitas vezes, os clientes nos ensinam. Tem alguns que sabem mais do que a gente. Então na conversa durante o atendimento podemos aprender muito, assim como ensinar”, ressaltou o açougueiro.

E ressalta que o bom atendimento é essencial para que as pessoas retornem a comprar. “Sempre temos que tentar fazer o nosso melhor e agradar os clientes. Ser simpático e sempre buscando dar a melhor opção a eles, pois ninguém vai voltar a um local onde é mau atendido. As pessoas gostam de serem bem atendidas e se elas receberem isso da gente, elas sempre irão voltar. É bom para nós, é bom para a empresa e é bom para o consumidor”, destacou Cardoso.

Uma questão ressaltada é saber interpretar o que o cliente está pedindo. “As carnes têm os mais variados nomes. Cada região trata com um nome. Então é importante saber o que o cliente quer. Por exemplo, músculo também é conhecido como lagartinho. Fraldinha alguns chamam de vazio. Tem coxa de fora, tem coxa de dentro, entre tantas outras coisas”, enfatizou o profissional.

Aprendizados

Audenir Cardoso destacou que a conversa com o cliente é essencial. E, a estudante Priscila Piucco Homem de Mello, de 20 anos, ressaltou que esta é uma ação fundamental para que continue indo ao açougue e adquirindo os produtos. Ela foi além, ainda declarou que a cada dia aprende um pouco mais sobre a área. 

“Sempre venho aqui primeiro porque o atendimento é muito bom, assim como as carnes que eles oferecem. Além disso, sempre estou aprendendo alguma coisa. Não sei nada de carne, somente olhar. Vejo uma fraldinha e uma carne parecida e não sei o que é um e o que é outro, então essa conversa que tem com a gente é muito importante”, comentou a estudante. 

Priscila ainda comparou o serviço de açougueiro a uma faculdade. “Acredito que quem trabalha em açougue por vários anos é quase a mesma coisa que fazer uma faculdade relacionada a animal, porque sabe muito sobre o assunto. E eu vejo esta área como uma profissão muito importante”, ressaltou Priscila.

O açougueiro ainda ressaltou sobre a necessidade de conversar com o cliente. “É essencial. Toda carne tem um destino, por isso muitas vezes temos que perguntar se é para fazer de panela ou para assar. E, muitas vezes o cliente vem com uma opção, mas na conversa nós oferecemos algo melhor para aquilo que ele pretende fazer”, finaliza Cardoso. 

Especial Jornal Gazeta

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