A reforma da Previdência foi um dos assuntos que mais teve repercussão nos trabalhos da Câmara dos Deputados em 2017, entretanto, não houve avanços. E a tendência é que seja um dos primeiros assuntos a ser debatido pelos parlamentares no retorno às atividades. Os três deputados do Sul de Santa Catarina manifestam-se contrários ao projeto.
“A Previdência é um projeto que todos nós temos conhecimento e com certeza todos os deputados já contam com opinião e somente mudarão se vier uma grande alteração. Da maneira como está vindo, sou contrário ao projeto. O governo vem dizendo que tem déficit, mas não apresenta os números. Além disso, está querendo jogar o ajuste todo nas costas do trabalhador, quando na realidade todos devem colaborar, trabalhadores, empresários e também o próprio governo”, defende Jorge Boeira, do Progressistas.
Em linha semelhante vai Ronaldo Benedet (MDB). “O país precisa passar por diversas reformas, entre elas a da Previdência. Mas esta, no modelo que está, não dá para aprovar. Nós temos que mexer primeiramente nos grandes salários, não deixar a sociedade geral ter que pagar por tudo, como as faxineiras, os pedreiros, entre tantas outras categorias onde qualquer centavo é essencial. Do jeito que está não tem como aprovar”, entende o emedebista.
Geovania de Sá (PSDB) também declara voto contra, em função da forma como está sendo apresentada. “É um retrocesso para o trabalhador que lutou anos por direitos conquistados e trata os desiguais de forma igual. Fixa idade mínima de 60 anos para mulheres e 65 para homens se aposentarem. Só dá direito ao benefício integral àqueles que contribuírem por 40 anos. Reduz a 50% o valor das pensões por morte e traz outros pontos que merecem uma melhor discussão, como as aposentadorias especiais”, cita a parlamentar.
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