A denúncia contra Luís Felipe Manvalier, suspeito de matar a mulher Tatiane Spitzner tem movido o país a respeito de casos de feminicídio, levantando o debate sobre o que pode ser feito preventivamente para evitar que novos casos ocorram. Em Içara, as mulheres em situação de violência física ou psicológica têm à disposição os serviços do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), que conta com uma equipe interdisciplinar de psicólogos, assistentes sociais e advogados, que prestam orientação para as mulheres que passam por essa situação.
De acordo com a assistente social do Creas Daniela Militão, não há casos de feminicídio registrados no órgão içarense. “Acreditamos que os serviços de acompanhamento são fundamentais para que Içara não tenha nenhum registro do crime. Mas o fato de não haver registro de morte, não inibe a existência de violência contra a mulher”, coloca.
Segundo a profissional, atualmente, 70 içarenses em situação de violência são acompanhadas pela equipe. “Aquela cultura criada no Brasil de que em briga de marido e mulher não se mete a colher é errônea. Tanto a vítima, quanto alguém que presencie casos de violência pode entrar em contato com o setor que prestaremos os devidos esclarecimentos e acompanhamento”, coloca.
O dia 7 de agosto é lembrado como o dia da sanção, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da Lei Maria da Penha, que desde 2006 visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Casos de violência contra a mulher podem ser denunciados pelo Disque 100 ou pelo número do Creas 3431- 3572.
Colaboração: Imprensa PMI