Desde 2016, a construção de uma escola na Zona Sul, em Balneário Rincão, está paralisada. Como a obra recebeu recursos do Governo Federal, a falta de continuidade na execução dos serviços pode gerar problemas na destinação de outras verbas da União ao município, relacionadas à Educação. “Infelizmente, uma ação da gestão passada prejudica o município. Estamos buscando resolver para não haver problemas na captação de recursos para merenda escolar, transporte, assim como construção de novas creches”, conta o secretário municipal de Educação, Adroaldo Faraco.
Segundo ele, em meados de 2016 houve o pagamento integral do valor da primeira parte da construção à empreiteira que havia vencido a licitação, havendo o repasse através da prefeitura. Porém, desta primeira parte, apenas 30% dos serviços foram executados. Em meio a isso, a empreiteira pediu o afastamento dos trabalhos. Contudo, sem apresentar a conclusão da primeira parte o Governo Federal não pode liberar o segundo lote.
“Há uma sucessão de erros nesta obra. Além de não ter sido feito tudo que deveria, o material aplicado não está de acordo com o que foi licitado. O FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) já observou isso”, comenta o secretário. “Quando entramos no governo, já pegamos com todas essas falhas. O que estamos fazendo até agora é apenas tentar resolver. Mas está bastante complicado por ser uma série de erros. Nos últimos 30 dias, estamos praticamente apenas em cima deste assunto”, acrescenta.
A situação, segundo o gestor, já foi encaminhada ao Ministério Público. A expectativa é que seja acionada a empreiteira e também a gestão anterior para que responda pela situação.
Especial Jornal Gazeta