“A gente apenas quer que se tenha uma definição quanto ao projeto de coleta seletiva na cidade, para sabermos como vamos trabalhar”. O desabafo é do presidente da Cooperativa de Reciclagem de Içara (Cooperi), Valmir Jorge Antônio. Ele e os associados que se dedicam a recolher material reciclável no município estão no aguardo do retorno às atividades da coleta seletiva do lixo. Iniciado com atuação no bairro Cristo Rei, o serviço está paralisado desde o fim de 2015.
Ainda de acordo com o presidente da cooperativa, em função da falta de trabalho, o próprio centro de triagem, situado na comunidade de São Pedro (Urussanga Velha), está sofrendo com a ação de vândalos e de ladrões, inclusive com o registro de furto de alguns equipamentos que estavam guardados no local. “Não tem como a gente trabalhar sem que a Administração Municipal dê as devidas oportunidades para que se realize o trabalho. A gente não tem como bancar tudo”, reclama.
Um dos pontos principais, que acabou fazendo com que as atividades fossem paralisadas, é a necessidade do uso de um caminhão próprio para a coleta seletiva. Conforme o presidente da Fundação do Meio Ambiente de Içara (Fundai), Ederaldo Inácio, que assumiu a pasta nesta semana, este é um assunto que não foi deixado parado. Inclusive, para os próximos dias, há a previsão de entrada de verba para a compra do veículo para a realização dos trabalhos.
“Depende-se muito da questão de liberação de recursos por parte da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) para que aconteça a compra do caminhão. Todos os documentos já foram encaminhados e há a previsão de que isso ocorra dentro de 30 e 60 dias. Depois que vier o recurso, então faremos a licitação”, ressalta. De acordo com a Fundai, deve ser liberado o valor de R$ 200 mil, que será utilizado para adquirir o caminhão e mais a carroceria especial para este tipo de serviço.
Especial Jornal Gazeta