Enquanto algumas pessoas conseguem falar livremente sobre seus medos e sentimentos, outras não admitem sentirem-se ansiosas, ou reagem de forma irritada e hostil justamente para negar que exista um sintoma diante de uma situação, que para ela apresenta-se difícil. A ansiedade é própria da existência humana, é uma experiência diária, que em menor grau é útil, mas em maior intensidade pode se tornar destrutiva, pois existem pessoas que se sentem impedidas de realizarem suas tarefas cotidianas pelo fato de sentirem-se paralisadas com a vivência negativa da ansiedade.
A ansiedade é considerada uma forma modificada do medo, uma resposta emocional a alguma situação e, se apresenta na maioria das vezes por meio de sintomas resultantes de alteração ou modificação física. Os comportamentos resultantes da ansiedade, geralmente irão refletir na forma como as pessoas aprenderam a lidar com esta, as atitudes que usam para defender-se das situações. É a partir da forma de enfrentamento que cada pessoa desenvolve, que irão se apresentar as estratégias necessárias para diminuir estes sintomas ansiosos.
Os estímulos internos e externos promovem reações que viabilizam ou não a presença dos sintomas. Alguns quadros de ansiedade são constantes e permanentes, os que são chamados de ansiedade generalizada. Outras ocorrem por meio de crises, que podem se repetir ou não. É necessário verificar se estes sintomas são tão intensos que possam acarretar problemas. Os sintomas para o transtorno de ansiedade generalizada são: 1) inquietude ou sentir-se ativado, 2) fatigar-se facilmente, 3) dificuldade para concentrar-se ou ter a mente em branco, 4) irritabilidade, 5) tensão muscular e 6) perturbações do sono. As pessoas com este transtorno não conseguem controlar suas preocupações, acarretando problemas pessoais, como por exemplo, em seu trabalho e seu meio social. Estes sintomas precisam estar presentes durante um período de cerca de seis meses e, estarem associados a outros, conforme acima citados.
As ameaças causadas pelo desconhecido limitam as pessoas a falarem sobre seus sentimentos. É essencial perceber o contexto atual em que se encontra e quaisquer tipos de modificações na alteração dos níveis de ansiedade, para que estes não se tornem ainda mais danosos e possam ser neutralizados. É necessário atentar para a subjetividade de cada um, ter um olhar humanizado, ouvir cada história e cada relato de forma atenta, única, pois as vivências são experimentadas de formas distintas. Diante desta situação, pode-se falar sobre como o aspecto psicológico influencia no sistema de aceitação e de melhora nos resultados, que se tornam muito maiores a partir do momento em que existe a compreensão da adaptação à situação apresentada.
Percebe-se ser de extrema importância que este público seja foco para o trabalho do profissional psicólogo, pois, a Psicologia mantém uma postura de respeito, acolhendo os limites de cada pessoa, permitindo que características singulares sejam reconhecidas. O psicólogo foca no desenvolvimento individual e coletivo, tendo o intuito de, por meio dos atendimentos, melhorar a qualidade de vida e da assistência prestadas. As relações estabelecidas demonstram que existem pessoas cuidando de outras pessoas, faz-se necessário colocar-se no lugar do outro.
A escuta psicológica oferece acolhimento do sofrimento que a pessoa manifesta, por meio das expressões dos sentimentos muitas das vivências do paciente ganham significados para serem trabalhadas. Estar atento a toda e qualquer forma de expressão, indicadas por meio de olhares, de apertos de mão, até mesmo do próprio silêncio que o paciente traz, são formas bem sucedidas de manter a comunicação.
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Aline Castagnetti Borges
Psicóloga Clínica CRP-SC 12/14464