O que começa como uma diversão, uma brincadeira, pode se tornar algo muito sério, causando prejuízos financeiros, sociais e familiares. O vício em jogos está crescendo cada vez mais no Brasil com as inúmeras plataformas disponíveis, mas já é um diagnóstico bem estabelecido na literatura.
O “Transtorno do Jogo” (F63.0), é um diagnóstico oficial e inclusive está no mesmo capítulo que abuso de álcool e outras substâncias, pois o mecanismo é muito similar, a pessoa de fato fica viciada. Algumas pessoas com esse transtorno são impulsivas, competitivas, cheias de energia, inquietas. Outros indivíduos são deprimidos e solitários e podem jogar quando se sentem impotentes, culpados ou deprimidos.
Alguns sinais de alerta:
- Necessidade de apostar quantias de dinheiro cada vez maiores a fim de atingir a excitação desejada;
- Inquietude ou irritabilidade quando tenta reduzir ou interromper o hábito de jogar;
- Fez esforços repetidos e malsucedidos no sentido de controlar, reduzir ou interromper o hábito de jogar;
- Preocupação frequente com o jogo (p. ex., apresenta pensamentos persistentes sobre experiências de jogo passadas, avalia possibilidades ou planeja a próxima quantia a ser apostada, pensa em modos de obter dinheiro para jogar).
- Frequentemente joga quando se sente angustiado (p. ex., sentimentos de impotência, culpa, ansiedade, depressão).
- Após perder dinheiro no jogo, frequentemente volta outro dia para ficar quite (“recuperar o prejuízo”).
- Mente para esconder a extensão de seu envolvimento com o jogo.
- Prejudicou ou perdeu um relacionamento significativo, o emprego ou uma oportunidade educacional ou profissional em razão do jogo.
- Depende de outras pessoas para obter dinheiro a fim de saldar situações financeiras desesperadoras causadas pelo jogo.
A prevalência é maior no sexo masculino do que do sexo feminino, mas essa diferença pode estar ficando menor nos últimos anos. É comum existir outros transtornos mentais associados, como transtornos por uso de substâncias (incluindo o álcool), transtornos depressivos, transtornos de ansiedade e transtorno da personalidade.
Em um primeiro momento a dica é dificultar o acesso, todos os aplicativos devem ser desinstalados, não ter cartão de crédito, dinheiro ou outro mecanismo que possa usar dinheiro. No entanto, como é um transtorno mental, se faz necessário o tratamento com psiquiatra e psicólogo.

















