Os trabalhadores do Hospital São Donato rejeitaram a proposta de aumento salarial e consequentemente aprovaram o estado de greve para próxima semana, com data a ser definida. A assembleia realizada na tarde desta segunda-feira, dia 17, na fundação hospitalar apresentou a possibilidade de reajuste de 6,34% da inflação, parcelado em três vezes a partir de janeiro, sem pagar o retroativo, contudo, sem sucesso.
Para não aderir ao protesto os 110 trabalhadores querem receber os mesmos percentuais de aumento dos hospitais maiores: INPC em novembro para todos, piso de R$ 1.040,00, mais 40% de insalubridade para a higienização e em janeiro o piso de R$ 1.500,00 para os técnicos de enfermagem; 8,5% para quem recebe até R$ 1.500,00 (sendo 6,34% de INPC e 2,16% de ganho real); 8% para aqueles que ganham acima de R$ 1.501,00 até R$ 3 mil e de R$ 3 mil para quem recebe 7,5%.
O patronal ofereceu ainda antecipação do quinquênio de 2% aos trabalhadores com dois anos de serviço e os demais seguem a mesma regra dos cinco anos já em vigência. “Os trabalhadores mostraram a indignação e a revolta, e não aceitam menos que os demais hospitais maiores até porque eles fazem o mesmo trabalho deles”, explica o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos em Saúde de Criciúma e região (Sindisaúde), Cleber Ricardo Cândido.
Conforme Cândido, o sindicato deverá se reunir com o sindicato patronal, na próxima quarta-feira, ainda sem local e horário definido para debater os percentuais dos hospitais pequenos e uma nova proposta para o São Donato. “Sem um percentual que contemple os anseios iremos definir a data para parar as atividades”, pondera.
Colaboração: Maristela Benedet/Comunicação Sindisaúde
