Carla*, de 42 anos, descobriu há cinco, que possui o vírus da imunodeficiência adquirida, a Aids, e revela que a doença mudou sua vida. “Hoje ajudo as pessoas a se conscientizaram e a procurarem lutar contra a doença, pois quando mais cedo o diagnóstico for feito, o tratamento responde melhor, e não há chances de transmitir a doença”, diz.
Ela contraiu o vírus de seu parceiro, num relacionamento que vivia há 13 anos. “Descobri que ele estava me traindo muito, então não deu mais certo”, conta. A descoberta se deu quando Carla passou a sentir muita fraqueza e fortes dores nas costas. “Fui parar no hospital, e em meio à bateria de exames, veio o diagnóstico”.
No começo, a aceitação foi difícil. “Eu morava sozinha, mas aos poucos fui me adaptando”, recorda ela que morava em outro estado, se mudou para Içara logo que soube, cidade que segunda Carla, a recebeu de braços abertos.
“Aqui encontrei uma verdade família”, fala, referindo-se ao programa DST/HIV/AIDS coordenado pela psicóloga Samira Abdenur. “Eles fizeram toda a diferença em minha vida, são pessoas muitos especiais”, coloca.
Quando questionada se gostaria de mudar algo caso pudesse voltar ao tempo, ela não hesita. “Não mudaria nada. Pois a Aids me transformou em uma pessoa muito melhor, com capacidade de ajudar os outros”, disse. Hoje ela estuda e em breve, pretende cursar o ensino superior. Além disso, por onde passa, espalha conscientização acerca da doença.
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