sexta-feira, 29 novembro, 2024
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Sete mitos e verdades sobre a pílula do dia seguinte

Camisinha e anticoncepcional são dois dos métodos contraceptivos mais comuns — lembrando que o preservativo é indicado para evitar a transmissão de doenças. Mas se a camisinha estourou ou o anticoncepcional ficou esquecido na bolsa, uma opção para evitar uma gravidez indesejável pode ser a pílula do dia seguinte. Porém muitos mitos ainda cercam o medicamento, que é recomendado apenas em casos emergenciais.

Ao contrário do que muitos pensam, a pílula não substitui os métodos contraceptivos tradicionais. Para Dr. Renato de Oliveira, ginecologista responsável pela área de Reprodução Humana da Criogênesis, o medicamento deve ser utilizado com muita cautela. “Ela deve ser ingerida apenas em situações de risco, como o estouro da camisinha ou em episódios de violência sexual, por exemplo. A informação e a prevenção ainda são as melhores maneiras de se evitar uma gravidez indesejada” ressalta.

Abaixo, o especialista responde algumas das questões mais recorrentes sobre o uso medicamento:

1. Há um momento correto para utilizar a pílula de contracepção emergencial?

Verdade. Apesar de poder utilizá-la nos primeiros cinco dias, recomenda-se o uso em até 72 horas após o ato sexual. Porém, quanto antes a pílula for tomada, maior a chance de sucesso. Estudos relatam que, nas primeiras 24 horas, por exemplo, a eficácia da pílula gira em torno de 90%.

2. A pílula do dia seguinte é abortiva.

Mito. Ela age antes da ocorrência da gravidez, portanto não aborta. Se a fecundação ainda não aconteceu, o medicamento vai dificultar o encontro do espermatozoide com o óvulo ou postergar a ovulação, caso esta ainda não tenha ocorrido. Se ocorrer gestação, sua tomada não causará danos para o embrião.

3. O medicamento causa efeitos colaterais.

Verdade. O uso da pílula do dia seguinte pode causar efeitos colaterais. Alterações no ciclo menstrual, diarreia, vômito, náuseas, dores de cabeça e no corpo, além de aumento de retenção de líquido.

4. É necessário receita médica para adquiri-la.

Mito. Nos postos de saúde, assim como nas farmácias, a receita não é exigida.

5. O uso da pílula do dia seguinte tem contraindicações.

Verdade. Mulheres com distúrbios metabólicos, principalmente insuficiência hepática, problemas hematológicos e vasculares, hipertensão ou obesidade mórbida devem evitar o medicamento.

6. Se uso anticoncepcional regularmente, preciso da pílula do dia seguinte.

Mito. Quem faz o uso correto da pílula tradicional, tomando-a da forma como foi prescrita pelo ginecologista, está protegida da gravidez.

7. A pílula do dia seguinte não substitui o uso de métodos contraceptivos convencionais.

Verdade. Trata-se de um método de emergência, quando não há outro método. Deve-se ressaltar, dentre os métodos contraceptivos, a recomendação de sempre usar preservativos (camisinha), por exemplo, pois também previne homens e mulheres de doenças sexualmente transmissíveis (DST).

 

Colaboração: Agência RBS

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