O câncer de mama é o que mais atinge as mulheres no mundo todo e no Brasil, a estimativa do Instituto Nacional do Câncer, o Inca, para o triênio de 2023 a 2025, é de 73.610 novos casos. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama feminino é o mais incidente no país e em todas as Regiões brasileiras e os números do Inca apontam, para este período em Santa Catarina, o surgimento de 3.860 casos.
Mais comum entre as mulheres a partir de 50 anos, um levantamento da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) alerta sobre o aumento de diagnósticos em mulheres com menos de 35 anos. Desde 2020 a incidência da doença passou de 2% para 5% nessa faixa etária. O mastologista Adriano Cartaxo explica que entre os desafios do câncer de mama está o de não ter um único fator de predisposição. “São vários fatores de risco como estilo de vida, histórico familiar, gestação tardia ou mesmo a opção de não engravidar, estresse e sedentarismo”, afirma. Entretanto é simples de detectá-lo”, explica, acrescentando: “É possível suspeitar da doença com um caroço, geralmente fixo e indolor na mama, pele da mama avermelhada ou semelhante a casca de laranja e alteração no mamilo, entre outras”.
Por outro lado, as chances de cura são altas com o diagnóstico precoce. “Por isso, reforçamos para que tenham os exames em dia, acompanhamento médico de rotina, pois após a percepção de alguma alteração na mama e com o diagnóstico em mãos em 60 dias, geralmente, inicia o tratamento”, sublinha.
O tratamento, segundo ele, dependerá do estágio da doença, características do tumor, idade e condições da paciente e geralmente envolve cirurgia, quimioterapia e radioterapia. “Enquanto alguns tratamentos são mais agressivos e com efeitos colaterais mais hostis, outros são menos invasivos. Entretanto, tudo depende do avanço da doença e de quando ela foi diagnosticada. Quanto mais cedo o diagnóstico, mais tranquilo o tratamento e maiores as chances de cura”, reforça.