A obtenção do status de Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação assegura a Santa Catarina uma posição de destaque na exportação de carne suína e bovina. Atualmente, os produtos catarinenses são comercializados em mais de 150 países, com os embarques de produtos de origem animal representando 38% do comércio internacional do Estado.
O governador Jorginho Mello ressaltou a importância do certificado. “A segurança dos nossos rebanhos é o diferencial que colabora para a conquista de mercados nacionais e internacionais. O setor agropecuário é estratégico para a economia de Santa Catarina e por isso vamos continuar investindo nesse grande trabalho feito pela Cidasc e em toda a cadeia de produção”, frisou.
“Esse reconhecimento é resultado do trabalho de longo prazo de produtores, técnicos públicos e privados, cooperativas e indústrias, que tiveram visão de futuro e agora Santa Catarina colhe os frutos com produtos de excelência. Esse status é mantido pelo compromisso do nosso Estado e dos produtores com a vigilância e com as medidas de prevenção. Temos um sistema de Defesa Agropecuária de alta credibilidade por meio da Cidasc, somos referência nacional e internacional em sanidade e atendemos os mercados mais exigentes”, afirmou o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto.
Santa Catarina foi pioneira na erradicação da Febre Aftosa no Brasil. O combate à doença começou em 1952, após a criação da Secretaria da Agricultura e a implantação do Serviço de Defesa Sanitária Animal. A vacinação dos bovinos foi mantida até o ano 2000, onde a participação de vacinadores do Programa Agulha Oficial foi fundamental para que a doença não fosse mais identificada em propriedades de Santa Catarina. O último foco de Febre Aftosa em Santa Catarina foi registrado em 1991, e o último caso oficialmente registrado no Estado foi em 1993, em animais provenientes de fora do território catarinense.
O marco histórico aconteceu em 25 de maio de 2007, quando representantes do Governo do Estado receberam, em Paris, o certificado de Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação durante a 75ª Assembleia Geral da antiga OIE (atual Omsa). Desde então, Santa Catarina se mantém sem focos da doença, alcançando 31 anos sem registros.
Foto: Dedsa/Cidasc