Santa Catarina segue avançando na imunização contra o HPV (Papilomavírus Humano) e está entre os três estados brasileiros com maior cobertura vacinal para um dos principais causadores do câncer de colo de útero. O levantamento das doses aplicadas demonstra a atuação do Estado e dos municípios no combate ao vírus.
De acordo com os dados do Ministério da Saúde até 2023, Santa Catarina apresenta uma cobertura vacinal de 94% para meninas de 9 a 14 anos, ultrapassando a meta nacional de 90%. Entre os meninos, o índice chegou em 75%, segunda melhor cobertura entre os estados, a SES segue trabalhando para alcançar a meta de 90%.
“Esses índices seguem a tendência de boas coberturas vacinais que Santa Catarina sempre teve. Precisamos seguir avançando nas ações para proteger nossas crianças e adolescentes, considerando que a vacina fornece imunidade e é uma importante ferramenta de prevenção do câncer”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi.
Desde o mês de abril, seguindo recomendação do MS e de organismos internacionais como Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a vacina contra o HPV passou a ser aplicada em dose única. Segundo o órgão federal, o principal objetivo é “intensificar a proteção contra o câncer de colo do útero e outras complicações associadas ao vírus”. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de colo do útero é o terceiro tumor mais frequente na população feminina e a quarta causa de morte de mulheres por câncer.
O público-alvo para a vacinação na rede pública de saúde são meninos e meninas com idade entre 9 e 14 anos.
Ampliação da vacina contra o HPV para usuários da PrEP
Por meio de nota técnica, o Ministério da Saúde ampliou, no dia 3 deste mês, o público-alvo da vacinação contra o HPV. A partir de agora, pessoas de 15 a 45 anos que tomam a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) também podem se imunizar contra o vírus. Basta procurar uma unidade de saúde para atualizar a caderneta de vacinação.
Anteriormente, o MS já havia ampliado a vacinação para vítimas de violência sexual entre os 9 aos 45 anos de idade e para pessoas com Papilomatose Respiratória Recorrente (PRR), a partir dos 2 anos de idade.
“Com a medida, será possível ajudar ainda mais na prevenção e tratamento das infecções sexualmente transmissíveis e cânceres causados pela doença”, afirma Regina Valim, médica infectologista e gerente de ISTs da DIVE.
HPV
O HPV é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), por isso é importante vacinar crianças e adolescentes antes do início da vida sexual. Além do câncer de colo de útero, a infecção pelo HPV pode provocar diversos outros tumores em homens e mulheres, além de verrugas anogenitais (região genital e no ânus).
Colaboração: Nucom / Dive