Em uma coluna mais antiga eu falei sobre “O papel das emoções em nossas vidas” e como elas trazem sentidos para nossa existência.

A ansiedade é uma emoção bem comum, que nós experimentamos inúmeras vezes ao longo da vida. Muitas pessoas veem a ansiedade como algo ruim e querem se livrar dela para sempre. No entanto é fundamental e esperado que tenhamos o mínimo de ansiedade para viver.

Essa emoção nos permite ficar alerta para antecipar uma ameaça futura, nos preparando para comportamentos de cautela ou esquiva. A ansiedade normal é extremamente funcional e benéfica em situações de desempenho por exemplo.

Digamos que você precisa apresentar um relatório para os colaboradores do seu trabalho, todos estarão lá, inclusive clientes e seu chefe. É esperado que você sinta uma certa ansiedade antes dessa apresentação. Não é comum você fazer sem o mínimo de ansiedade, como se estive deitado no sofá vendo uma série bem relaxado sem pensar em nada.

Outra situação é quando você estiver andando em uma rua escura e sozinho 23h da noite, você não pode não sentir nada de ansiedade. Neste caso ela é necessária para deixar você alerta e preparar para uma fuga se for preciso.

Ela vira patológica quando?

A ansiedade pode ser considerada um problema quando prejudica o seu dia a dia e te incomoda, afetando seu desempenho. Voltando ao exemplo da apresentação de trabalho, no dia anterior você ficar sem dormir, não consegue se concentrar em outras atividades, arruma uma desculpa para não ir ou pede para seu colega ir no seu lugar.

Consideramos que ela é um transtorno mental quando te paralisa e te impede de realizar as atividades que gostaria ou que são necessárias, trazendo um sofrimento clinicamente significativo. Ou seja, você percebe dentro da sua vida que as coisas não estão caminhando como deveriam por conta dessa ansiedade que muitas vezes te bloqueia e que é desproporcional aos estímulos externos.