quarta-feira, 27 novembro, 2024
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Produtividade de milho: SC pode colher 1 milhão de toneladas a mais sem ampliar a área plantada

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Cada hectare plantado com milho em Santa Catarina pode render, em média, 4,2 toneladas a mais do grão se o agricultor adotar melhorias no manejo. Essa é a conclusão de um estudo desenvolvido pela Epagri em parceria com a equipe FieldCrops da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A produtividade média de milho registrada nos últimos anos no Estado é de apenas 6,9 toneladas por hectare.

A pesquisa concluiu que, com melhorias de manejo nos 246 mil hectares cultivados com milho para a produção de grãos em Santa Catarina, o Estado pode colher 1,04 milhão de toneladas a mais por ano. “O estudo aponta como podemos explorar essa lacuna de produtividade para aumentar, de forma sustentável, a produção catarinense de milho”, resume Leandro Ribeiro, pesquisador do Centro de Pesquisa para Agricultura Familiar (Epagri/Cepaf) e coordenador do estudo.

Crescimento sustentável

O projeto, chamado Potencial e Lacunas de Produtividade do Milho em Santa Catarina (GYGAS Milho SC), investigou os fatores que impedem que as colheitas do grão sejam maiores. Durante três anos, pesquisadores e extensionistas se dedicaram a estimar quanto milho o Estado tem potencial para produzir sem ampliar a área plantada e de que forma é possível alcançar isso.

A pesquisa integra o Global Yield Gap Atlas (GYGA), um protocolo global com mais de 70 países participantes. A Universidade de Nebraska (EUA) e a Universidade de Wageningen, da Holanda, lideram a iniciativa mundialmente.

Pesquisa sobre produtividade de milho

Durante duas safras, a equipe acompanhou 293 lavouras de milho em 42 municípios de Santa Catarina
Lacunas de produtividade.

A pesquisa foi conduzida durante as safras 2020/2021 e 2021/2022. Nesse período, os extensionistas da Epagri acompanharam 293 lavouras de milho em 42 municípios de Santa Catarina. Eles levantaram dados sobre práticas de manejo, características do solo e produtividade das lavouras. Essas informações permitiram identificar, por meio de testes estatísticos, quais fatores de manejo diferenciam as lavouras de alta produtividade e as de baixa produtividade no Estado.

 

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