Durante o período de paralisação dos caminhoneiros, que durou até a última semana, diversos produtos acabaram sofrendo alta em seus valores. Alguns ainda apresentam indicativo de acréscimo. No entanto, na visão do doutor em economia Alcides Goulart Filho, esse deve ser um reflexo imediato. Ao consumidor final, não deve perdurar por muito tempo, devendo logo voltar aos patamares normais.
“Já houve um reflexo imediato, mas a tendência é que dentro de alguns dias tudo isso possa estar normalizado, e os preços retornem ao que eram antes. Claro, caso não haja mais nenhuma mobilização. Se houver algum novo ato, então a situação complica, mas diante do que ocorreu nas duas últimas semanas, dentro de algum tempo já estará tudo normalizado”, avalia o economista.
Ele comenta que este acréscimo durante a paralisação ocorreu especialmente em itens de alimentação, sobretudo nos perecíveis. E a tendência é que sejam exatamente esses que demorem mais para voltar à normalidade. “Produtos ligados à construção civil e à produção industrial tiveram um impacto muito pequeno, e em alguns caso nem teve aumento”, conta.
“Sobretudo esta preocupação ocorre no setor de alimentação, porque foram esses produtos que acabaram esvaziando as prateleiras, sendo registrado um pico. Mas o que cremos é que a situação dos preços não deve ser generalizada para a economia de uma forma geral, até porque para a economia é necessário que os preços esteja estabilizados”, indica.
Especial Jornal Gazeta