Um uma ação coordenada pela Polícia Civil de Santa Catarina e que demonstra o seu compromisso inabalável com a integridade do processo democrático, foi deflagrada a Operação “Tempus Veritatis” – Fase I. A operação, conduzida pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Laguna em conjunto com a Delegacia de Combate à Corrupção (DECOR/SUL), a Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI) e a Delegacia de Polícia da Comarca (DPCO) de Laguna, visa desarticular um sofisticado esquema de corrupção eleitoral envolvendo a compra de votos no município.
A primeira fase da operação teve como alvo um sítio pertencente a um ex-agente público de Laguna, local que, segundo as investigações, era utilizado para ocultar expressivas quantias em dinheiro destinadas à cooptação ilícita de eleitores para um determinado partido político. Apesar de os principais suspeitos terem deixado o local às pressas, alertados por um aparente vazamento da operação, a ação policial não foi em vão. Os agentes conseguiram identificar candidatos, agentes públicos e até mesmo policiais supostamente envolvidos no esquema criminoso.
Durante as buscas no sítio, foram apreendidos documentos cruciais que apontam para a possível prática de corrupção eleitoral, incluindo envelopes com valores anotados e listas contendo informações nominais de possíveis eleitores aliciados.
Não se dando por satisfeita, a equipe da DIC intensificou o monitoramento dos veículos suspeitos de serem utilizados na distribuição ilegal de dinheiro nessa última semana.
O Delegado Bruno Fernandes, coordenador da operação na DIC de Laguna, ressaltou a importância da ação: “A Polícia Civil é, acima de tudo, uma instituição comprometida com o Estado Democrático de Direito. Nossa missão é garantir que o processo eleitoral ocorra de forma justa e transparente, livre de influências criminosas que possam comprometer a vontade popular.”
O Delegado Ricardo Kelleter, da DECOR/SUL, que trabalhou em conjunto na operação, acrescentou: “Esta ação demonstra que a corrupção eleitoral não será tolerada em Santa Catarina. Estamos determinados a investigar e responsabilizar todos os envolvidos, independentemente de sua posição ou influência.”
É importante salientar que todos os envolvidos, incluindo os policiais implicados no esquema, já foram devidamente identificados. As investigações continuam em andamento na sede da DIC, sob a liderança do Delegado Bruno Fernandes.
A Operação “Tempus Veritatis” representa um marco significativo na luta contra a corrupção eleitoral em Santa Catarina, reafirmando o compromisso da Polícia Civil em atuar como guardiã da democracia e dos princípios constitucionais mais fundamentais. À medida que novas informações forem surgindo, a população será mantida informada sobre os desdobramentos deste caso que abala as estruturas políticas de Laguna.
O trabalho meticuloso rendeu frutos quando, em uma ação conjunta com a DECOR/SUL, dois veículos – já alvos dessa denúncias por distribuição indevida de dinheiro em troca de votos – foram abordados simultaneamente.
Em um dos carros, os policiais encontraram um candidato a vice-prefeito de uma sigla política proeminente, acompanhado por um policial. O mais alarmante, entretanto, foi a descoberta de dois malotes contendo R$ 18 mil em espécie, além de material de campanha. As evidências sugerem que esse dinheiro seria usado para a compra ilegal de votos.
O segundo veículo, conduzido por um funcionário comissionado de um deputado estadual, também transportava uma quantia em dinheiro, material de campanha e, surpreendentemente, um simulacro de arma de fogo.
O que disse o candidato
O candidato a vice-prefeito pelo MDB, Nilsinho Coelho, se pronunciou pelas redes sociais e disse que o dinheiro era para pagamento do salário de seus funcionários:
Veja o vídeo:
Fonte: PCSC