sábado, 12 julho, 2025
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Padre Silvestre: Uma vida dedicada à religião

Esta é uma semana especial para a Paróquia São Miguel, em Içara, em especial para o padre Silvestre Junkes, que foi o primeiro pároco da localidade. Ele celebrou 57 anos de ordenação religiosa na última segunda-feira, dia 1, com missa que também comemorou a realização de seu primeiro casamento.

A ordenação aconteceu no dia 1º de dezembro de 1957, em Tubarão, enquanto a primeira missa foi realizada no dia 8 de dezembro de 1957. “Eu já tinha dois irmãos que também estavam estudando para serem padres, na época meu pai até queria que eu fosse médico, mas não tinha essa vontade. A minha vocação era para ser padre e assim foi. A gente se inspira bastante nos irmãos mais velhos e então acabei optando por ser padre”, conta padre Silvestre.

Os dois irmãos do religioso, que também seguiram a vocação eram Alfredo e Bernardo Junkes. O último, inclusive, foi pároco por muitos anos em Içara, na Paróquia São Donato. Sua participação na sociedade foi fundamental, inclusive a Casa da Cultura levava o seu nome.

Padre Silvestre entrou no Seminário menor de São Ludgero em 1943, aos 16 anos. Dois anos mais tarde, foi ao Seminário de Azambuja e concluiu sua formação em Filosofia e Teologia nas cidades gaúchas de São Leopoldo e Viamão. “Naquele tempo era tudo em latim, muito difícil, porque não dominava a língua de jeito algum”, relembrou o religioso. “Eram professores muito bem preparados”, acrescenta.

A ordenação em Tubarão aconteceu junto com outras seis pessoas, que haviam estudado também em terras gaúchas. “A minha turma era de 36 alunos com pessoas de todo o Brasil. Tinha nordestinos, paulistas, alemães, mas que estavam no Paraná, mas a grande maioria era do Rio Grande do Sul”, recorda.

No mesmo dia em que celebrou sua primeira missa, realizou o casamento de sua irmã mais nova, Tereza. “Fiquei bastante emocionado”, relata.

Nascido em 1926, Padre Silvestre é natural da cidade de Forquilhinha. Filho de Davi Junkes e Edvirges Borgert sendo o quinto entre dez irmãos. Em 1958 assumiu como vigário paroquial em Laguna. No ano seguinte foi transferido para Armazém, já como pároco, e pouco tempo depois passou a exercer a função em Braço do Norte. Em 1961 foi para Rio Fortuna e em 1962 retornou para Armazém. Entre 1963 e 1965, foi orientador espiritual do seminário de Tubarão. Em 1966 veio a Içara ser vigário auxiliar.

Sete anos mais tarde, assumiu como pároco da recém-criada Paróquia de São Miguel. Além de Vila Nova, na época eram atendidas as capelas de Rio Acima, Urussanga Velha, Balneário Rincão, Lagoa dos Esteves e Boa Vista. Em 1994, aos 67 anos, deixou a função de pároco e passou a ser vigário paroquial.

Paróquia São Miguel

A história de Padre Silvestre Junkes, se confunde ao da Paróquia São Donato. Por decreto episcopal de Dom Anselmo Pietrulla, desmembrada da paróquia São Donato, foi criada a Paróquia de São Miguel de Vila Nova no dia 1º de janeiro de 1973. A missa de posse foi presidida pelo vigário geral Monsenhor Boleslau Smieleski e concelebrada pelos irmãos de Silvestre, Alfredo e Bernardo.

“Passei a maior parte de minha vida em Vila Nova. Antes de me tornar pároco, já realizava atividades na comunidade quando pertencia a Paróquia São Donato e que meu irmão, Bernardo, era o pároco.

Sobre o começo da Paróquia, ele enfatizou as alterações que aconteceram ao longo dos anos, junto com o crescimento da comunidade em torno ao bairro Vila Nova. “Era bem diferente de como é hoje. Na época eram 15 famílias e a paróquia era a sede de uma cinco capelas e já hoje está em 19 comunidades. Cresceu muito”.  

Mudanças

Nesses 57 anos de vida sacerdotal de Silvestre Junkes, a Igreja Católica teve sete papas. Contou com Pio XII, São João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, São João Paulo II, Bento XVI e atualmente é conduzida por Francisco. Nesse período, diversas mudanças foram registradas. Para o religioso de Vila Nova, é necessário que a igreja se adapte a forma como o mundo está caminhando.

“A doutrina não muda. O que se muda é a pastoral, que vai acontecendo conforme as necessidades da sociedade, adaptar-se ao mundo da forma como ele está se encaminhando, de forma que as famílias caminhem melhor com a igreja. Hoje temos por exemplo a questão do segundo casamento, é tudo situação que tem que se adaptar”, coloca. “São fenômenos que aparecem e para ninguém ser excluído temos que discutir essas mudanças. A igreja está aberta para todo mundo”, finaliza.  

Histórico de Padre Silvestre Junkes produzido com apoio de informações de livro de Fernando Mazzuchetti

 

Especial Jornal Gazeta 

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