segunda-feira, 14 julho, 2025
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Operação Fantasma: Polícia Civil captura em Florianópolis foragido há 20 anos da Justiça do Paraná que usava identidade falsa

Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Capturas (DECAP) da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC), prendeu nesta quinta-feira (10/07) um homem foragido da Justiça do estado do Paraná há aproximadamente 20 anos. A prisão ocorreu no bairro da Barra da Lagoa, em Florianópolis, quando o foragido saía de uma obra. 

O investigado, que possuía dois mandados de prisão por crimes graves como homicídio, tráfico de drogas e roubo, vivia em Santa Catarina utilizando uma identidade falsa. Um dos mandados refere-se a uma condenação definitiva com pena superior a 24 anos de reclusão. 

No total, foram três meses de investigação, realizada pela equipe da DECAP/DEIC, que resultou no sucesso da prisão. A ação contou com a atuação imprescindível do Centro Integrado de Segurança Pública e Proteção Ambiental (CISPPA).  

A investigação: Um “Fantasma” sem rastros

A investigação da  denominada “Operação Fantasma” teve início após a DECAP/DEIC receber uma denúncia anônima por meio da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil. A complexidade do caso se devia ao fato de o foragido ser um verdadeiro “fantasma” nos registros oficiais do Paraná, não havendo em seus cadastros fotos ou impressões digitais que pudessem levar à sua identificação.

 O trabalho investigativo da Polícia Civil de Santa Catarina foi fundamental para ligar as peças do quebra-cabeça. Os policiais descobriram que o nome falso utilizado pelo foragido estava associado a um boletim de ocorrência de 2017 em Santa Catarina. Nesse registro, o homem conduzia um veículo que pertencia à sua companheira, a mesma mulher ligada ao nome verdadeiro do foragido em investigações no Paraná. A partir daí, foi confirmado que o casal tinha dois filhos, cujos registros de paternidade constavam o nome real do procurado. 

A confirmação da Identidade

A confirmação de que o homem que usava a identidade falsa era, de fato, o foragido do Paraná veio através de uma série de evidências meticulosamente analisadas pelos investigadores. 

Cicatriz: Um antigo registro de qualificação do Paraná descrevia que o foragido possuía uma cicatriz no dedo indicador da mão esquerda. A mesma marca foi identificada em uma fotografia do suspeito, obtida em um procedimento policial de 2004 no Distrito Federal, onde ele utilizou o nome falso. 

Assinatura: A grafia da assinatura no documento de identidade falso era extremamente semelhante à assinatura do foragido em documentos oficiais do Paraná. 

Impressão digital: A prova definitiva foi obtida quando os investigadores localizaram um documento de alistamento militar do foragido, datado de 1996, que continha o registro de sua impressão digital do polegar direito. 

Foi verificado ainda que o documento de identidade utilizado pelo suspeito era falso, com o número de RG pertencendo a outra pessoa no estado de Goiás, onde o documento teria sido supostamente emitido. 

Após a prisão, o homem foi conduzido para a Polícia Científica, onde foram coletadas as suas digitais e confirmada a sua real identidade. Em seguida, ele será conduzido à Central de Plantão Policial da Capital para os procedimentos cabíveis e, posteriormente, encaminhado ao Sistema Prisional, onde ficará à disposição da Justiça. Além dos crimes pelos quais já era procurado, ele também responderá pelo crime de falsidade ideológica. 

Denúncias e informações relacionadas a foragidos da Justiça podem ser encaminhadas para o e-mail deic-capturas@pc.sc.gov.br. Além disso, pelo Portal Foragidos da PCSC é possível conhecer a relação de procurados pela Justiça. A Polícia Civil de Santa Catarina garante o anonimato de quem prestar informações sobre foragidos.

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