terça-feira, 11 fevereiro, 2025
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O que fazer ao ser atacado por abelhas?

Por Alexandra Cavaler

Na manhã desta segunda-feira, um idoso foi atacado por abelhas no município de Maracajá, e levado em estado grave ao hospital. A situação levantou questionamentos relacionados ao que fazer diante de acontecimentos desta natureza. Por esse motivo, a reportagem buscou esclarecimentos junto ao Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) e conversou com o Major Renan Fernandes, do 4º BBM, de Criciúma.

 

Questionado sobre quais as espécies de abelhas há na região e se todas levam riscos às pessoas ou animais em caso de um ataque de enxame, o Major explica que a abelha mais popular é a Apis mellifera, “abelha melífera, europeia, do mel ou africanizada, famosa pelo ferrão e sua picada dolorida, e também por estar em todo o Brasil e produzir a maior parte do mel que é consumido. No Brasil, já foram descritas 1.678 espécies, porém, cientistas calculam que exista mais de 2.500, uma das maiores diversidades do planeta”, revelou.

 

Ele também destaca que dependendo da quantidade de ferroadas que a vítima levar e seu grau de alergia o veneno causará diferentes reações. E se a vítima já possui um histórico de ter sido ferroada em outras ocasiões, antes não alérgica, agora poderá desenvolver certo grau de alergia. “Cabe ainda ressaltar que não devemos usar produtos químicos sobre a ferroada; retirar o ferrão o mais rápido possível ajudará na quantidade de veneno a ser injetado, pois em média o ferrão leva cerca de 10 minutos para injetar todo o veneno. Raspar o ferrão e não apertar na hora da retirada do mesmo. Compressa de gelo evitará maior inchaço. Procurar suporte médico imediatamente, caso os sintomas se agravem”, alertou Major Fernandes.

 

Atuação do veneno

Conforme Fernandes os componentes alergênicos iniciam respostas imunes responsáveis pela hipersensibilidade de alguns indivíduos e pelo início da reação alérgica, sendo composto por agentes bloqueadores neuromusculares e que provocam intensa dor e vermelhidão, além de outros sinais e sintomas. Ele também Elena alguns motivos que levam a um ataque de abelhas. “Geralmente os ataques são acometidos quando entram em contato com a colmeia ou pela produção de ruído ou odores os quais, no instinto de defesa da colméia, acabam atacando pessoas e animais domésticos. Assim, manter a higiene e limpeza também é fundamental, uma vez que lixo e entulhos podem servir de abrigo para muitos destes animais”.

Protocolo a ser seguido diante de uma ocorrência

Conforme Major Fernandes, o primeiro ponto é garantir a segurança. “Não se aproxime de enxames e em caso de emergências ligue para o Corpo de Bombeiro Militar através do fone 193. Além disso, a remoção de enxames de abelhas situadas em lugares públicos ou residências deve ser efetuada por profissionais devidamente treinados e equipados, preferencialmente à noite ou ao entardecer, quando os insetos estão calmos. Também é preciso evitar se aproximar de colmeias de abelhas africanizadas Apis mellifera sem estar com vestuário e equipamento de proteção individual (roupas de aproximação, luvas, máscara e botas); e lembrar que barulhos (sons de motores e outros ruídos), perfumes fortes, desodorantes, podem desencadear o ataque de abelhas”, enfatizou.

 

Suportar

Outra questão esclarecida pelo militar está relacionada à quantidade de picadas que um ser humano pode suportar. “É bastante relativo o número de picadas, pois pode variar muito de pessoa para pessoa. O importante é manter vigilância aos sinais e sintomas, bem como o passado médico a respeito de eventuais alergias, sendo orientado procurar atendimento médico em caso dos sinais e sintomas: inchaço e vermelhidão no local; sudorese; dificuldade de respirar; coceira no local e pelo corpo; cefaléia e batimento acelerado”, declarou Major Fernandes, lembrando que há outro grupo importante de abelhas no país que são as nativas sem ferrão, que não picam. “Desta forma, não trazem riscos à comunidade, sendo conhecidas como abelhas indígenas ou meliponíneos, pois pertencem à tribo Meliponini”.

 

 

Colaboração: jornal Tribuna de Notícias 

 

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