Sim, o Criciúma está fora da Copa do Brasil. Mas, vamos ser sinceros: quem é que no início do ano imaginava que o Criciúma conseguiria chegar à terceira fase? Quem é que imaginaria que o time que o Criciúma tem conseguiria jogar de igual para igual com um grande clube e que com certeza brigará pelo título Brasileiro deste ano? Quem é que imaginaria que o Criciúma seria eliminado pelo Grêmio somente nos pênaltis?
Bem, igualmente a mim, conheço várias outras pessoas que não acreditariam nisso. Aliás, não era nem questão de acreditar, era só questão de observação. A gente via que aquele time não tinha qualidade e muito menos força de vontade. Mas tudo mudou com a chega do técnico Dejan Petkovic, cuja contratação foi criticada por muitos “especialistas”.
O Criciúma devolveu ao torcedor aquela vontade de ir ao campo ver o time jogar. Isso por um simples motivo, passou a jogar com alma, garra e coração, como diz o hino tricolor. Ainda tem muita coisa a ser melhorada neste time, porém o velho e bom Criciúma parece que está de volta. É difícil se fazer futebol em uma cidade de interior de um estado sem tradição no esporte. Mas Criciúma sempre respirou futebol e a motivação para isso parece que está voltando.
Sim, o Criciúma perdeu para o Grêmio, mas ganhou motivação para se trabalhar no restante da temporada. Não vou ser hipócrita de dizer que este time agora tem condições de subir para a Série A do Campeonato Brasileiro. Calma. Muita calma. Esse time, se continuar na evolução que vem apresentando, tem condições sim de ficar entre os dez primeiros colocados tranquilamente, mas se permitirem, aí o Criciúma pode se aproveitar.
O importante neste momento é trabalhar a motivação. Capacidade de buscar bons resultados este time mostrou que tem. Lucca, que para mim estava sendo a grande decepção, voltou a jogar um bom futebol. Tem capacidade para mais, mas já mostrou evolução. Assim como o Lucca, há vários outros atletas nesta mesma situação.
Neste momento, também que enaltecer o espírito do capitão tricolor. O goleiro Luiz mostrou ser um verdadeiro capitão. Aquele que honra a faixa que foi colocado em seu braço. No momento em que o time mais precisou dele, Luiz simplesmente tirou o peso das costas dos companheiros e deixou tudo sobre seus ombros.
Luiz não é batedor de pênalti, mas para aliviar a situação dos companheiros, puxou a responsabilidade e foi para a quinta cobrança, sabendo que se perdesse, colocaria abaixo todas as grandes defesas que fez durante o jogo e os pênaltis que poderia vir a defender (e defendeu uma). Perdeu o pênalti, mas ganhou um grande respeito!