O papel das emoções constitui uma dimensão fundamental no psiquismo humano. Elas são a expressão das experimentações e é uma das formas possíveis de estabelecermos relação com o mundo. A emoção é sempre significante, e o sentido que concedemos a ela é construído a partir de nossa história de relações com o mundo.
Na verdade, o problema não é a emoção, e sim o que é feito a partir do que sentimos. Não existe problema nenhum em sentir tristeza, é um sentimento humano que todos nós, mais cedo ou mais tarde, experimentaremos. O impasse passa a existir quando, essas emoções tomam uma dimensão muito grande em nossa existência e quando em função de um sentimento, agimos de forma irrefletida.
Partindo de uma análise existencialista, entende-se que as emoções são maneiras e estratégias de lidarmos com as dificuldades do mundo. Sartre irá usar a expressão “transformações mágicas do mundo”, por isso as emoções não podem ser reduzidas apenas a reações químicas e liberações de hormônios.
Mas isso quer dizer que sentir emoções é algo ruim?
Não, pelo contrário, elas são parte da existência humana, elas trazem significados e conexões para nossa vida. No entanto, apenas ficar no “mundo das emoções” é prejudicial, pois quando estamos emocionados a tendência é de não refletir racionalmente sobre as situações concretas e assim agir de forma irrefletida.
A emoção tem sempre um papel e é desencadeada por uma percepção. Por isso a importância de aprender a identificar desde cedo as emoções e a intensidade delas, com isso descobrimos como lidar melhor com nós mesmos e com as situações que nos afetam.
Nossas emoções não são algo externo a nós. Elas são nossas, nos pertencem, e somos, portanto, responsáveis por elas.
Mariana Tramontin
Psicóloga Clínica CRP 12/17310
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