Em janeiro do próximo ano, Laudo Calegari deve deixar a presidência da Câmara de Vereadores de Içara. No entanto, o principal posto do legislativo municipal ainda deve continuar com o PMDB, sigla com maior número de representantes na casa. O nome mais cotado para iniciar o último biênio da atual legislatura é o de Márcio Toretti, que no pleito de 2012, foi o candidato mais bem votado do município.

“O nosso compromisso assumido já há algum tempo é de que o Márcio Toretti seja o meu sucessor na presidência da Câmara. Vamos tentar montar uma equipe de trabalho que esteja junto já no primeiro biênio da legislatura”, coloca o atual presidente, Laudo Calegari.

Com relação a permanência de Toretti na presidência por dois anos, ou se em janeiro de 2016, abrirá espaço para outro candidato, Laudo deixou um ponto de interrogação. “O segundo nome é o de Pedro Mazzuchetti, mas pode ser que ele assuma uma secretaria, com isto estamos analisando o que fazer”, pontua o peemedebista.

Marcio Toretti, por vez, ressalta sua vontade de assumir a presidência. “Esta semana tivemos uma reunião com a executiva do partido e foi fechado o acordo em torno de meu nome. Além disso, optamos por colocar o Pedro Mazzuchetti como vice-presidente. No início do mandato, tinha total condição de ser o presidente, mas abri mão pelo bem do partido e agora acharam que chegou a minha vez”, explica o vereador.

Para chegar à presidência, Toretti, no entanto, precisará também de voto do grupo de oposição. “Tenho bom relacionamento dentro da Câmara com todos os 11 vereadores. Sempre tive o dom de aglutinar e todos conhecem o meu caráter, por isso estou tendo boa aceitação. Mas de qualquer forma, se outro vereador quiser não serei contra. Está sendo bem conversado e estou trabalhando para buscar todos os votos”, destaca.

Como provável presidente, Marcio pretende unir ainda mais o poder legislativo. “Acho que o município está passando por um momento de transformação com todos esses recursos que estão vindo. E o que esses 11 vereadores fizeram pelo município, unidos, foi algo excepcional. Eu, como presidente, não vou tratar como situação ou oposição, vou tratar todos como vereadores eleitos”.

Para ele, esse é um momento em que Içara está se conscientizando. “Acredito ser a hora de pensar em pacto político. Precisamos unir ainda mais os partidos e não dividir. Temos que pensar no bem da cidade”, finaliza.

Especial Jornal Gazeta