Inverno x pets: cuidados vão desde vacinas à alimentação

Por Alexandra Cavaler

 

O amor e o cuidado com os pets são essenciais para o bem-estar dos mesmos, uma vez que os animais de estimação são membros da família e merecem todo carinho e atenção. Eles dependem de seus tutores para suprir suas necessidades básicas, como alimentação, higiene, saúde e abrigo. Principalmente em dias frios, como os que estão ocorrendo, alguns cuidados precisam ser adotados para que os amigos de quatro patas se sintam seguros, amados e felizes. Um belo exemplo vem de um dos postos de combustíveis de Criciúma, onde casinhas foram fixadas para abrigar vários cães. Os mesmos são cuidados, alimentados, recebem carinho e abrigo do frio e do calor.

 

Der acordo com Wilson Canassa, médico veterinário, nesta época do ano os maiores vilões são as famosas gripes e pneumonia, ou seja, as doenças respiratórias dos cães. “Isso acontece porque a maioria desses animais está desprotegida no pátio ou até mesmo em algumas raças mais susceptíveis como, por exemplo, shih-tzu, os que têm a carinha “amassada”, o pug, o que tecnicamente falando chamamos de braquecefálicos. E esses precisam de mais cuidados: evitar sair com eles em frio muito rigoroso é um deles”, explica Canassa, acrescentando que o animal sente frio mesmo sendo peludo. “Se eles moram no pátio, precisam ter uma casinha e que a mesma não receba corrente de ar, isto é, a porta da casinha precisa estar direcionada para um local onde não entre vento”.

 

Já o pet que fica dentro de casa ou apartamento também sente frio, de acordo com o médico veterinário. “O pinscher e os animais de pelo curto sentem bastante frio no inverno, então é interessante ter uma roupinha. Já o uso de aquecedores está liberado desde que seja a óleo, porque esse modelo não queima oxigênio e, por isso, não resseca as vias respiratórias do animal. Além disso, cuidar da alimentação é importante. Se a ração oferecida for do nível super premium, ok, pois eles precisam comer uma ração com alto índice de proteína. Caso a alimentação não tenha essa qualidade é necessário suplementá-la com uma dieta hipercalórica, mais rica em proteínas. É o que eu sempre digo, se comermos mal  não teremos imunidade satisfatória para se proteger de doenças, parasitas, entre outros”, explicou.

 

Tosse dos canis: doença autolimitante 

Ainda de acordo com Canassa, existe uma doença chamada tosse dos canis, que é muito comum nessa época do ano, mas para a qual existe vacina. “A vacina evita que o animal, caso tenha contato com um indivíduo doente, pegue a doença, pois ela é contagiosa por contato direto, secreções. Explicando melhor: o animal que teve contato com um doente que espirrou e lambeu a secreção, ou foi passear e aquele animal deixou secreção naquele local, ele cheirou, ele pode estar se contaminando. Então, é importante. Lembre da tosse dos canis, porque quando pega um, pega em todo mundo. É um contágio bem grande. Para evitar isso, as clínicas, geralmente nessa época do ano, realizam promoções para estimular a vacinação.

 

Cão comunitário cuidado por todos

O Núcleo de Bem-Estar Animal de Criciúma também elenca algumas situações de cuidados, mas desta vez com os animais que vivem na rua. “Com relação aos pets que vivem na rua, os moradores podem colocar uma casinha e fazer com que esse animal se torne comunitário. Neste caso é importante que o mesmo seja castrado e identificado com uma coleira. Já a casinha deve ser colocada em local que não haja grande circulação, num local mais tranquilo e calmo. Evitar colocar em frente de colégios, hospitais, ou lugares muito movimentados, porque nem todo mundo gosta de animais.

 

Além disso, uma criança pode correr com medo e acabar se machucando. Eu não digo nem o cão morder, mas sim a criança correr ou o idoso sair meio que apressado, cair, se machucar. E aí também temos que atentar para esse ser humano”, ressaltou Christophe Lima, coordenador do Núcleo.

 

Além da casinha, Lima orienta colocar uma coberta para melhor aquecer. “O certo é conseguir adoção, então mesmo colocando a casinha e a coberta é válido fotografar e colocar esse animal para adoção. Inclusive, pode enviar o registro para o Núcleo que nós repostamos nas redes sociais, bem como os nossos voluntários, que somam 30 pessoas. Isso vai ajudar a conseguir um lar, uma família com bastante amor e carinho para esses animais. Lembrando que o Núcleo de Bem-Estar de Criciúma oferta a castração, microchipagem e a medicação pós-operatório desses animais. Tendo uma pessoa voluntária que faça o pós desse animal”, assinalou Lima.

 

Colaboração: jornal Tribuna de Notícias 

 

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