A história de quem enfrenta a AIDS há 24 anos

A descoberta da doença, em 1994, veio de forma inesperada para o aposentado Pedro (nome fictício). “Eu estava com pneumonia, aí fui fazer o exame. O médico pediu também o HIV e foi nesse momento que eu descobri que era soropositivo”, relata o morador de Balneário Rincão.

Ele não começou o tratamento logo em seguida. “Eu demorei para começar a tomar a medicação, porque tive uma sequela causada pelo próprio vírus. Tanto que hoje em dia eu tenho uma paralisia no lado esquerdo do corpo, causada pelo vírus que se alojou no meu cérebro”, conta.

Atualmente, Pedro faz o tratamento da doença pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de forma gratuita. “Tomo o chamado coquetel. Todo o meu tratamento é fornecido pelo SUS, não tenho gasto nenhum com exames. Qualquer coisa que eu necessito consigo com a saúde pública”, declara.

O aposentado conta não ter sofrido com o preconceito, pois não fala a respeito da sua doença para pessoas que não sejam de sua família. “Nunca fiquei divulgando muito a minha sorologia por aí. Eu sempre fico tranquilo, quieto no meu canto. E as pessoas com quem eu convivo sabem que eu sou portador. Mas ninguém me discrimina, todo mundo me trata bem”, garante.

Há 24 anos com o vírus, o morador do Balneário Rincão afirma que tem uma vida saudável dentro do possível e dá um conselho a outros portadores que, por algum motivo, não fazem o tratamento. “Vivo bem, estou bem, e aconselho quem se encontrar soropositivo que procure o SAE (Serviço de Assistência Especializada em HIV/AIDS). Vai lá, faz seu tratamento, a discrição é grande. E você vai se sentir bem melhor e ter uma vida saudável, dentro do possível, pois você vai estar sendo monitorado, e vai estar aprendendo uma porção de coisas e poderá viver feliz, com uma saúde melhor, apesar de ter essa doença que hoje é crônica”, finaliza.

 

Especial Jornal Gazeta

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