sábado, 4 maio, 2024
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Greve da educação: “Governo vai para a mesa fazendo teatro”, diz Sinte

A mobilização em Araranguá é bastante intensa, segundo o Sinte - Foto: Divulgação

Alexandra Cavaler

 

A categoria segue ainda mais indignada após audiência com o secretário de Administração ocorrida ontem, em Florianópolis

 

 

A greve geral dos profissionais da Educação do Estado, deflagrada ontem, esteve perto de ter desdobramentos positivos quando os membros do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Santa Catarina (Sinte) foram chamados pelo secretário de Estado da Administração, Vânio Boing, para uma audiência, na manhã de ontem. Mas, de acordo com Evandro Accadrolli, coordenador estadual Sinte, na conversa, o representante do Governo manteve a mesma postura.

 

“Ontem pela manhã, nós estivemos em audiência com o secretário da Administração, mas ele, infelizmente, manteve a mesma postura. Disse que está organizando as contas do Estado, que permanece com boas intenções, mas não disse quando vai realizar o concurso público, quando vai conceder o direito de um terço de hora de atividade aos trabalhadores da educação e também não garantiu a negociação de valorização e carreira. Além disso, pediu um tempo ainda para os trabalhadores de mais 60 dias para apresentar propostas. Ou seja, isso deixou a categoria completamente indignada, porque faz um ano e meio que eles usam o mesmo argumento, há um ano e meio eles prometem essa proposta, há um ano e meio falam das mesmas coisas e também”, lamentou Accadrolli.

 

Ele também lembrou que o governo, além de todo o tempo já disponibilizado para negociar, teve desde o dia 4 de abril, quando foi definida a greve, para apresentar respostas aos pleitos dos profissionais da rede. “Nós tivemos desde o dia 4, quando decretamos a greve, até o dia 23, isto é, mais de 20 dias para o governador presentar uma proposta. Infelizmente o governo vai para a mesa fazendo teatro para a sociedade e para justificar o nada que está entregando. Então nós saímos indignados de lá. Foi uma audiência que só provocou mais os trabalhadores e intensificou, radicalizou mais o movimento de greve que está crescendo em todo o estado”, enfatizou o coordenador do Sinte.

 

 

Mobilização se intensifica em Araranguá

“Na região de Araranguá há um movimento mais intenso, assim como em Laguna. Essas regiões estão mais favoráveis, mantendo a média do estado de Santa Catarina. Já na regional de Criciúma, a região Sul, é a que a gente tem mais dificuldade. Atingimos as maiores escolas, mas no todo, é uma regional que tem tradição de fortes paralisações, e este ano ela está com o movimento mais tímido. Na próxima semana nós vamos descer em caravana da executiva para fortalecer o movimento na região”, revelou Evandro.

 

 

Estado se manifesta por meio de nota

 

Sobre as negociações e as pautas levadas pelos profissionais de Educação, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Administração (SEA), se manifestou através de nota e explica que em virtude da greve dos servidores da Educação, a SEA mantém diálogo constante com a categoria para evitar que os estudantes e as famílias catarinenses sejam prejudicadas.

 

“Ainda em 2023, o governador Jorginho Mello anunciou um pacote de ações para valorizar os profissionais da Educação do Estado, no qual estão inclusos: aumento do vale-alimentação; o fim, de forma escalonada, da cobrança dos 14% para professores aposentados; o maior concurso da história da SED, que prevê a admissão de 10 mil novos servidores efetivos e cujo edital será lançado no primeiro semestre de 2024”, afirma o documento, acrescentando que qualquer nova reivindicação será analisada pela SEA em conjunto com as secretarias da Fazenda e da Educação.

 

Fonte: TN Sul

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